ÔNIBUS

Duas semanas após decisão judicial, usuários ainda não sabem quanto vão pagar na passagem em BH

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
18/04/2022 às 18:40.
Atualizado em 18/04/2022 às 18:59
 (Hoje em Dia)

(Hoje em Dia)

Desde fevereiro, usuários do transporte coletivo de Belo Horizonte sofrem com a indefinição sobre o reajuste da passagem de ônibus, que pode chegar a R$ 5,85. O imbróglio ainda parece estar longe do fim.

Nesta segunda-feira (18), a Prefeitura de BH informou que ainda não foi notificada sobre a decisão judicial que obriga o Executivo a reajustar o valor das passagens de ônibus.

Em 5 de abril, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acolheu o pedido do Sindicato das Empresas de Transporte e Passageiros (Setra-BH) e determinou que fosse feito o reajuste anual das tarifas, previsto no contrato entre a PBH e as concessionárias. A passagem não tem aumento desde 2018. 

Demora

A assessoria jurídica do Setra-BH informou ao Hoje em Dia que, inicialmente, a notificação da PBH seria via expedição eletrônica. No entanto, para acelerar o processo, o sindicato solicitou que a intimação fosse feita por um Oficial de Justiça e o mandado foi expedido no dia último dia 8.

O Setra-BH informou que, em consulta ao TJMG, soube que o Oficial já estaria com o documento em mãos e que seria entregue nos próximos dias. 

De acordo com a 3ª Vara de Feitos da Fazenda Pública Municipal de BH, a partir da data de recebimento da decisão da Justiça, a PBH tem 10 dias úteis para informar que tem ciência sobre o processo. 

A PBH já antecipou que vai recorrer. E, para isso, ainda segundo a 3ª Vara, a administração municipal terá o prazo de 30 dias úteis.

Projeto de lei 

Na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), a dificuldade é a aprovação do PL  299/2022. A Comissão de Legislação e Justiça tem até esta sexta (22) para emitir um parecer sobre o PL que autoriza a prefeitura a subsidiar a gratuidade das tarifas de ônibus.

Na última semana, o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), mostrou preocupação diante da resistência do Legislativo em aprovar o projeto. No último mês, o texto do ex-prefeito Kalil foi rejeitado e devolvido duas vezes pela Casa. E só foi finalmente aceito no fim de março.

"Se a Câmara não aprovar, sou obrigado a aumentar a passagem. Eu não consigo manter como está”, declarou o atual prefeito.

Se não for aprovado, o valor das tarifas pode subir 30%, segundo declaração do prefeito Fuad Noman (PSD). "A decisão do juiz me obrigaria a subir a passagem para R$ 5,75 ou R$ 5,85. A população não aguenta", disse Noman, na última semana. 

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