Lesões por bombas

Entidades manifestam solidariedade a repórteres feridos em manifestação de forças de segurança

Bernardo Estillac
bernardo.leal@hojeeemdia.com.br
09/03/2022 às 19:35.
Atualizado em 09/03/2022 às 19:35
 (Foto: Lucas Prates/ Hoje em Dia)

(Foto: Lucas Prates/ Hoje em Dia)

Diversas entidades manifestaram repúdio sobre incidentes que deixaram dois jornalistas feridos por bombas, durante a cobertura do protesto das forças de segurança em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (9).

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) já havia recomendado que os manifestantes não fizessem uso de explosivos no ato.

A repórter Laura França, da TV Band Minas, ficou com trauma auditivo temporário após estouro de uma bomba ao seu lado. O repórter Caio Tárcia, da rádio Band News, foi hostilizado e um explosivo foi lançado em sua direção. O Grupo Bandeirantes divulgou nota em que repudia os incidentes e cobra providências. A nota ainda afirma que vários manifestantes estavam armados. 

O Sindicato de Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG) e a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) também repudiaram o episódio  e cobraram apuração dos fatos pelo governo estadual, o Ministério Público e a Polícia Civil.

O SJPMG ainda relembrou do caso em que uma equipe da TV Globo foi hostilizada nos protestos de servidores da segurança em 21 de outubro. O sindicato pede garantia de segurança para os jornalistas em atos da polícia.

Alvo central da manifestação que pede recomposição salarial de 37,75% ao Estado, o governador Romeu Zema (Novo) usou suas redes sociais para manifestar solidariedade aos jornalistas feridos.

Responsável pela gestão das forças de segurança, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou em nota que as condutas dos servidores que contrariam determinação judicial ou recomendações do MPMG serão apuradas.

O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol), emitiu nota se posicionando contra as bombas e foguetes usados na manifestação desta quarta, repudiando ainda atos voltados contra repórteres. 

O Sindpol, no entanto, diz não descartar a possibilidade de que a agressão teria partido de "agentes penetras", supostamente infiltrados pelo governo estadual, em uma tentativa de sabotar o ato de protesto.

Em nota, a PM afirma que o ato público em andamento envolve quatro categorias da segurança pública: Sistema Prisional, Polícias Civil e Militar, e o Corpo de Bombeiros Militar. Cada órgão é acompanhado e supervisionado por sua respectiva Corregedoria.

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