
Os medicamentos para a intubação de pacientes graves da Covid-19 estão prestes a acabar em Belo Horizonte. Sem uma ampla reposição, o estoque deve durar apenas mais alguns dias. O risco de desabastecimento é um dos motivos que levou a prefeitura a adiar a flexibilização das atividades econômicas na cidade. Após horas de reunião, o comitê de infectologistas decidiu se reunir novamente nessa quinta-feira (15) para reavaliar as possibilidades.
O Executivo informou que os sedativos e bloqueadores utilizados nos hospitais estão em situação crítica, pois o consumo diário é “muito alto”. A Secretaria Municipal de Saúde diz trabalhar “incansavelmente” na busca por alternativas, com acionamento do Estado e Ministério da Saúde.
“Está por um fio de não haver estoques de medicamentos”, garante o médico Estevão Urbano, que integra o grupo de enfrentamento à pandemia na metrópole. Por isso, acrescenta ele, novas reuniões acontecerão para que a decisão sobre a reabertura da cidade seja tomada com “calma” e “cautela”.
Em Minas, o estoque de sedativos para os infectados pelo novo coronavírus encontra-se em “nível não recomendável”, conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), mesmo após abastecimento ocorrido no último sábado.
A solução de momento, segundo a SES, foi remanejar a distribuição para atender os hospitais mais necessitados, disponibilizando o “kit intubação” às instituições que tiveram aumento no consumo desses fármacos.
Sem definição
A reunião entre o prefeito Alexandre Kalil e os infectologistas do comitê durou horas, mas não houve definição. De um lado, a administração municipal é pressionada pelos comerciantes, que acumularam dívidas. De outro, por especialistas que não concordam com a flexibilização neste momento.
Nessa quinta, o Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que avalia semanalmente a situação da pandemia no Estado, vai se reunir. A expectativa é a de que novas regras do Minas Consciente comecem a valer no próximo sábado. Mesmo assim, o governo destaca que a situação ainda é de extrema gravidade e exige o esforço da população.
Leia mais: