
O secretário de Estado da Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, convocou uma coletiva para esta quinta-feira (15), às 11h30. A expectativa é que cidades de quase todas as regiões do Estado deixem a Onda Roxa, fase mais restritiva adotada pelo governo para frear o avanço da Covid-19 no território. Em Belo Horizonte, a decisão sobre a flexibilização do comércio, que poderia ser anunciada nesta quarta (14), foi adiada e só deve ser conhecida na próxima sexta (16).
O pronunciamento ocorrerá pouco depois de uma reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, que, de posse dos dados epidemiológicos, avaliará a situação de cada macrorregião em relação ao plano Minas Consciente. "Desde a decretação da Onda Roxa em todo o Estado, em 15 de março, o governo vem observando que os números da pandemia apontam para o resultado positivo das medidas mais restritivas, graças ao esforço da população de todas as regiões de Minas. Entretanto, é importante ressaltar que a situação ainda é de extrema gravidade e exige que esforço o permaneça", diz o comunicado da pasta.
Até esta quarta, 1.247.258 pessoas testaram positivo para a Covid-19, sendo que 11.286 delas foram notificadas ao Estado somente nas últimas 24 horas. Desde a véspera, 484 mortes causadas pelo novo coronavírus foram registradas. Ao todo, desde o início da pandemia, o Estado já perdeu 28.636 pessoas para a doença.
Em Belo Horizonte, a reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da capital, realizada na tarde desta quarta-feira (14), terminou sem definição. As discussões continuam nesta quinta-feira (15) para a avaliar a possibilidade de flexibilização das medidas restritivas contra o coronavírus.
"Em que pese a melhora dos índices de monitoramento, o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 avalia as perspectivas de suprimento de insumos e medicamentos destinados à rede hospitalar de Belo Horizonte, para a tomada de decisões em relação à reabertura das atividades na cidade", disse a PBH, em nota.
A capital mineira decidiu pelo fechamento do comércio e dos serviços considerados não essenciais em 6 de março. Além disso, no dia 23 do mesmo mês, também proibiu o funcionamento, aos domingos, de supermercados, padarias, sacolões, lanchonetes, açougues e do Mercado Central.
Com as medidas, bares e restaurantes (exceto para delivery), cinemas, feiras, escolas, lojas de vestuário, academias, eventos e parques não podem funcionar em quaisquer dias da semana como forma de frear o avanço da contaminação pelo coronavírus.