Na contramão do que foi estipulado pela Prefeitura de Belo Horizonte, foliões se reuniram na tarde desta terça-feira (1º) para comemorar o último dia de Carnaval. O grupo saiu da praça Comedador Negrão de Lima, no bairro Floresta, e seguiu em direção ao Colégio Batista, na região Leste. Este é o quarto dia de registros de blocos de rua improvisados na cidade.

Para a técnica em eletrônica, Suelen Karine, de 33 anos, a festa deste ano é um meio de resistência ao decreto municipal que proibiu a concentração de blocos de rua, e permitiu festas particulares. "Estamos aqui como forma de protesto. Porque o Carnaval de rua de BH claramente foi privatizado, já que liberaram as festas, do jeito que elas estão acontecendo. E não liberar o bloco de rua é uma incoerência absurda", afirma.

Mais cedo, em entrevista coletiva concedida nesta terça, o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), disse que a prefeitura não tem autoridade para proibir a manifestação espontânea dos foliões. 

Aglomeração

Quem anda pelo bloco improvisado no Floresta percebe que é raro ver foliões respeitando as regras sanitárias de prevenção à Covid-19, como uso de máscara e distanciamento social.

Apesar disso, a foliã Suelen diz se sentir mais segura agora que está vacinada contra a doença e afirma que mesmo quem está de máscara pode se contaminar. "O medo que a gente tem é igual ao de todo mundo, que é o de morrer. A questão maior é que, felizmente, nós conseguimos avançar na vacinação", explica.

Trânsito

A Polícia Militar esteve no local para conversar com os organizadores do bloco. A corporação foi orientada a pedir que os foliões liberassem parte da via, para o trânsito local.

Veja abaixo as imagens do evento:

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