Os servidores das forças de segurança de Minas Gerais, que se reúnem em protesto desde o início desta quarta-feira (9), agora seguem em grupos distintos para a Praça Sete e para a Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. Os trabalhadores, que pedem ao governo Zema uma recomposição salarial, estavam antes concentrados na Praça da Estação, no Centro da capital mineira.
Segundo informou o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), cerca de 40 mil pessoas participam da manifestação, que seguirá ao longo do dia. Não há reuniões entre a categoria e o governo marcadas para esta quarta.
No Centro de BH, o trânsito é intenso próximo à Praça Sete. Durante o movimento, os manifestantes carregam faixas e cartazes com dizeres como “Zema não tem palavra”, “governador, cumpra com a sua palavra”, “valorize a segurança pública” e “recomposição salarial já”.
Os servidores seguem com o pedido de reajuste de 37,75% e condenam o projeto proposto pelo governo Romeu Zema (Novo), com um aumento de 10% e o pagamento de mais duas parcelas de abono, que seria ampliado para três e quitados em março, junho e outubro, com valor referente a 40% da remuneração de um soldado.
Em 2020, Romeu Zema fechou um acordo com as forças de segurança para reajustar os salários da categoria em três parcelas, sendo 13% no mesmo ano e 12% nos dois anos seguintes. Apenas a primeira parte foi paga.
O governo, no entanto, segue firme na proposta de reajustar os salários dos servidores em 10,06%, conforme projeto enviado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em 24 de fevereiro. Na última segunda-feira (7), a secretária de Planejamento e Gestão do governo de Minas Gerais (Seplag), Luísa Barreto, afirmou que a proposta do governo está no limite legal.
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