Hospital da Baleia faz adequações terapêuticas para suprir falta de medicamentos do 'kit intubação'

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
08/04/2021 às 20:43.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:38
 (Samuel Costa/Arquivo)

(Samuel Costa/Arquivo)

A falta de medicamentos indispensáveis ao tratamento de pacientes com Covid-19 já é realidade no Hospital da Baleia, em Belo Horizonte. A instituição, que está com 100% de ocupação de leitos de terapia intensiva, recebeu no fim de semana um lote de 150 frascos de bloqueadores neuromusculares e 300 ampolas de sedativos - itens do chamado "kit intubação" essenciais para pessoas em estado mais grave com a doença - que foram utilizados num período de quatro dias. 

"Não temos mais (os medicamentos). Os médicos têm feito adequações terapêuticas para tentar manter o melhor tratamento possível para os pacientes com a disponibilidade de insumos que a gente tem", explicou Leonardo Oliveira Dias, gerente de farmácia da unidade de saúde.

Os medicamentos e insumos são monitorados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e, nesta quinta-feira (8), durante entrevista coletiva, https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/zema-diz-que-muitos-hospitais-de-minas-s%C3%B3-t%C3%AAm-estoque-de-sedativo-para-mais-um-dois-ou-tr%C3%AAs-dias-1.832233 com relação aos estoques baixos desses produtos no território.

“As unidades hospitalares do Estado sempre trabalharam com estoque de 60 dias ou mais. Hoje, muitas delas têm estoque para um dia, dois dias ou para três dias. Estamos correndo o risco de pacientes intubados acordarem por falta sedativo e nós sabemos que isso não pode ocorrer de forma alguma”, disse Zema.

Desde a semana passada, ahttps://www.hojeemdia.com.br/horizontes/hospital-da-baleia-utiliza-capacete-respirat%C3%B3rio-como-op%C3%A7%C3%A3o-no-tratamento-da-covid-19-1.831982 - chamado 7Lives – Helmet - como uma medida alternativa para melhorar a oxigenação das pessoas infectadas pelo vírus. Em alguns casos,  o equipamento ajuda a retardar a intubação. "Alguns pacientes que têm uma saturação boa eles mantêm uma concentração de oxigênio maior e tentamos prolongar a necessidade de intubação, mas precisamos dos insumos porque vários pacientes evoluem para a intubação endotraqueal", enfatiza o farmacêutico.

Dias alerta para o cenário crítico que pode prejudicar os pacientes."Eles não vão receber o tratamento recomendado e os médicos têm feito algumas adaptações para manter esse tratamento o mais eficaz possível", complementou.

Diante desse quadro, Leonardo faz um alerta para que a população faça a sua parte. "Os hospitais estão cheios, leitos estão críticos, insumos estão escassos, então quem puder ficar em casa, fique. Além disso, as equipes estão há um ano nessa batalha contra a pandemia e tá todo mundo cansado, esgotado, então se vocês pudem ficar em casa, seria o ideal".

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