Permanecerá preso o delegado da Polícia Civil que matou o motorista de caminhão reboque Anderson Melo, de 44 anos, em 26 de julho, em Belo Horizonte. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (9), em audiência de custódia no Fórum Lafayette, no Barro Preto, região Centro-Sul da capital.
O delegado, que atua no Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico da Polícia Civil (Denarc), foi preso em 30 de julho, após ser indiciado pela corregedoria da PC por homicídio qualificado por motivo fútil.
Ele está detido na Casa de Custódia da instituição, no Horto, região Leste de BH.
Segundo o delegado e porta-voz da Polícia Civil, Saulo Castro, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), investigações adicionais continuam sendo feitas. "O caso segue em sigilo", afirmou.
Menos de 24h após o crime, o suspeito havia sido liberado pela corregedoria por falta de "elementos jurídicos". De acordo com o porta-voz da PC, a liberação ocorreu pelo fato de o delegado ter se apresentado de forma voluntária.
Discussão de trânsito
Uma discussão de trânsito teria motivado o disparo que causou a morte de Anderson Melo, segundo informações do boletim de ocorrência. O motorista do caminhão reboque teria fechado o carro em que estava o delegado, e os dois teriam começado a discutir.
Em depoimento, o policial civil alegou que agiu em legítima defesa. Segundo ele, a vítima teria fechado a viatura, que estava descaracterizada. O delegado teria, então, acelerado e parado à frente do caminhão e, em seguida, se identificado e ordenado que o motorista descesse do veículo.
O motorista do caminhão teria desobedecido e acelerado contra a viatura, momento em que o delegado atirou.
Anderson Melo chegou a ser socorrido no hospital João XXIII dentro de uma viatura do Denarc, onde passou por um procedimento cirúrgico. Mas não resistiu e morreu.
Leia Mais
Taxa de incidência da Covid cai quase 60% em duas semanas em BH; confira dados da doença na capital
Mulher denuncia suposto abuso sexual em hospital de BH após procedimento cirúrgico