Caso Lorenza

Justiça mantém prisão preventiva de promotor suspeito de assassinar a esposa em 2021 em BH

Clara Mariz
@clara_mariz
11/05/2022 às 21:49.
Atualizado em 11/05/2022 às 21:56
Lorenza foi encontrada morta em 2 de abril de 2021, no apartamento em que morava com o marido, o então promotor André Luiz Garcia de Pinho (Divuligação/MPMG)

Lorenza foi encontrada morta em 2 de abril de 2021, no apartamento em que morava com o marido, o então promotor André Luiz Garcia de Pinho (Divuligação/MPMG)

O promotor André Luís Garcia de Pinho, denunciado por assassinar a esposa em Belo Horizonte, em abril de 2021, teve a prisão mantida nesta quarta-feira (11). A decisão foi unânime entre os desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas. 

Por ainda não ter sido julgado, Pinho está preso de forma preventiva. De acordo com a legislação, nesses casos, a análise da decisão deve ser feita a cada 90 dias. Agora, cabe à Justiça seguir com a instrução criminal, em que as provas são colhidas pela investigação.

O promotor será julgado por desembargadores do TJMG devido ao foro privilegiado. A previsão é que o julgamento aconteça no primeiro semestre deste ano. André Luís Garcia de Pinho está detido em uma unidade do Corpo de Bombeiros.

Procurada, a defesa do promotor informou que aguarda a publicação da decisão para se manifestar. 

Caso Lorenza

Lorenza Maria Silva de Pinho foi encontrada morta, no dia 2 de abril de 2021, no apartamento em que morava com o marido, o então promotor  André Luiz Garcia de Pinho, no bairro Buritis, região Oeste da capital. Após 11 dias no Instituto Médico Legal da capital, o corpo foi liberado e enterrado em Barbacena, onde Lorenza nasceu. 

O atestado de óbito preliminar assinado por dois médicos apontou que Lorenza teria engasgado com um remédio. Porém, a família da mulher tinha suspeitas da causa da morte que constava no documento. 

Após investigações, André Luiz foi denunciado na Justiça por feminicídio. Conforme a denúncia do Ministério Público, o promotor teria intoxicado e asfixiado a esposa na noite em que ela morreu. Ele é suspeito de aplicar nas costas da esposa adesivos de analgésicos em quantidade superior à dose prescrita e, ainda, ter dado a ela duas garrafas de bebida alcoólica para que ela tomasse. 

Durante a perícia, constatou-se que no sangue da vítima havia substâncias como Zolpidem, Mirtazapina, Quetiapina, Buprenorfina e Clonazepam. O laudo do IML também apontou que Lorenza foi asfixiada e tinha lesões na região cervical, próximo ao pescoço.

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