
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou, nesta quinta-feira (6), que a falta de vacinas contra a Covid-19 para aplicação da segunda dose em idosos de 64 a 67 anos na cidade é resultado da "irresponsabilidade" do Ministério da Saúde. Conforme o gestor, a pasta nacional solicitou à administração municipal que usasse todo o estoque, sem fazer reservas para imunização em segunda dose, pois haveria reposição em tempo hábil - o que não ocorreu.
"Nós recebemos a ordem para aplicar tudo. Não obedecemos, guardamos uma parte. Depois, recebemos um documento oficial de que os lotes 7 e 8 eram para aplicar todas as doses. Então, nós entendemos que era um documento responsável. E fizemos isso. Claro que foi irresponsabilidade do Ministério da Saúde, que mandou um documento que teríamos doses aqui", declarou.
Belo Horizonte segue sem vacinas suficientes para completar o ciclo de proteção contra a Covid em idosos de 64 a 67 já vacinados em primeira dose. De acordo com Kalil, apesar disso, a campanha para essa faixa etária do público-prioritário deverá ser retomada no início da semana que vem.
Nessa terça-feira (4), temendo reviver situação semelhante, a Secretaria Municipal de Saúde informou que não irá mais seguir a determinação do Ministério da Saúde para aplicar todo o estoque na população. Segundo a pasta municipal, a capital deve voltar a fazer reservas para o reforço a partir do envio das próximas remessas.
Na ocasião, o infectologista Carlos Starling, membro do Comitê de Enfrentamento à Pandemia em BH, declarou que variações pequenas no intervalo de aplicação das doses não causam impactos em termos de imunidade.
O Hoje em Dia entrou em contato com o Ministério da Saúde e aguarda um posicionamento sobre a orientação para a aplicação integral e a falta de imunizantes.