Kalil vai se reunir com representantes do comércio de BH nesta quarta-feira

Luiz Augusto Barros
luiz.junior@hojeemdia.com.br
20/01/2021 às 11:13.
Atualizado em 05/12/2021 às 03:58
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e representantes do comércio da capital irão se reunir nesta quarta-feira (20), às 14h, na sede da administração municipal. Na pauta, restrição aos serviços não essenciais na cidade, medida que entrou em vigor em 11 de janeiro, números de leitos para Covid-19, isenção do IPTU 2020 e o cronograma de vacinação.

Participarão do encontro os presidentes do Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), Nadim Donato; da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), José Anchieta; do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindibares), Paulo Pedrosa; e o Coordenador de Minas Gerais da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Fábio Freitas.

Na última semana, as duas partes se reuniram para discutir alterações no decreto. Na ocasião, os representantes enviaram uma proposta de ajustes no protocolo sanitário em prevenção à Covid-19. A prefeitura, por sua vez, afirmou que iria avaliar o plano

Índices

Durante o encontro do dia 12, o secretariado reforçou que a regressão para a fase de controle foi implementada para diminuir o fluxo de pessoas nas ruas e que não há caráter punitivo ou de culpabilidade ao comércio. Os gestores adiantaram que qualquer movimentação no sentido da liberação depende de melhoria em índices epidemiológicos e assistenciais na cidade.

Por outro lado, as entidades alegaram que não há dados que correlacionem o aumento do número de casos graves com a reabertura do comércio ocorrida no segundo semestre do ano passado. Por isso, pediram que a decisão de fechamento seja revista.

Na segunda-feira (18), a PBH enviou um ofício aos representantes afirmando que as restrições continuariam devido aos altos índices ligados ao coronavírus na cidade. Ao todo, a capital mineira já confirmou 78.822 casos de Covid e 2.087 óbitos, segundo o último boletim epidemiológico da prefeitura.

“Diante dessa situação crítica e para evitar colapso no sistema de saúde de Belo Horizonte, a prefeitura continuará monitorando os números para novas movimentações no processo de reabertura.Tão logo os indicadores permitam, retomaremos a flexibilização. Nossa prioridade continua sendo a vida”, diz o documento.

Entidades contestam

Procuradas pela reportagem do Hoje em Dia, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MG) afirmaram que não foram comunicadas sobre a reunião. 

O presidente da Abrasel, Matheus Daniel, criticou a postura de Kalil, alegando que o gestor toma as decisões ouvindo apenas um lado, o do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da cidade.

“A reunião vai ser com o setor produtivo, mas sem o comércio? Talvez vão fazer uma reunião só com ele, sem ninguém, como sempre”, disse. “A prefeitura não está dialogando, não está disposta a construir nada com o setor produtivo”, completou.

Em nota, a administração municipal afirmou ter realizado três reuniões remotas na semana passada com grupos que representaram mais de 30 entidades. O encontro de hoje, ainda conforme o Executivo, foi solicitado por alguns desses representantes.

"Representa mais uma rodada de escuta da prefeitura junto ao mercado para continuidade das reuniões da semana passada", informou.

Vacinação em BH

Belo Horizonte recebeu, nessa terça-feira (19), 128.388 doses da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Outras 6.882 unidades foram entregues diretamente aos hospitais Militar, Eduardo de Menezes e Júlia Kubitschek, da rede estadual. Os imunizantes passaram por uma conferência na PBH e, na sequência, começaram a ser entregues.

A capital agora segue as orientações do Plano Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde. As doses estão sendo distribuídas para os hospitais públicos, privados e serviços de urgência. Cerca de 63 mil pessoas serão vacinadas, de acordo com a previsão do Executivo, e seguindo a possibilidade de 5% de perdas.

Profissionais de saúde que atuam nas 54 unidades da rede pública, filantrópica e privada, além dos agentes das nove Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), serão os primeiros vacinados na capital mineira.

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