Após polêmicas e ações na Justiça, o grupo italiano INC S.p.A. venceu o leilão do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte. A proposta vencedora apresentou o menor valor a ser pago pelo Estado ao grupo italiano durante os três primeiros anos de execução da obra.

A empresa apresentou um valor 12,14% menor do que o limite definido pelo governo estadual, que era de R$ 103.738.000,68. O leilão foi realizado nesta sexta-feira (12) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Segundo o Secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), Fernando Marcato, o custo total da obra deve ser de cerca de R$ 2,7 bilhões aos cofres do Estado. Desses, R$ 2,4 bilhões serão utilizados efetivamente nas obras; R$ 250 milhões serão usados como recursos de contingência para eventuais aumentos de custos; e R$ 93 milhões serão pagos pelo governo para a empresa vencedora nos três primeiros anos do contrato.

Parte desses recursos virão do acordo firmado com a mineradora Vale em ressarcimento à tragédia de Brumadinho de 2019. Segundo o Governo de Minas, essa é a maior Parceria Público Privada já celebrada no Estado. O contrato prevê a prestação de serviço pela INC S.p.A. por 30 anos.

O Seinfra prevê cerca de um ano e meio de prazo para obtenção dos licenciamentos ambientais e feitura dos projetos. Os trechos Oeste e Norte do Rodoanel devem ser entregues, segundo previsão, a partir de 2024.

O secretário Fernando Marcato minimizou os problemas jurídicos que envolvem o leilão e a execução da obra. Para ela, ainda que existam dificuldades em relação às cidades da Grande BH, especialmente Betim e Contagem, "nenhum prefeito ou prefeitura pode negar as licenças para uma obra sem justificativa".