Guarda Municipal

Mais de 200 diretores de escolas municipais de BH assinam nota de apoio a professores agredidos

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
07/04/2022 às 19:36.
Atualizado em 07/04/2022 às 19:42
Professores acusaram a Guarda de força excessiva para conter manifestação em março deste ano (Lucas Prates / Hoje em Dia)

Professores acusaram a Guarda de força excessiva para conter manifestação em março deste ano (Lucas Prates / Hoje em Dia)

Mais de 200 diretores de escolas municipais de Belo Horizonte assinaram uma nota de apoio aos professores agredidos por agentes da Guarda Municipal, na porta da Prefeitura de BH, durante manifestação no dia 25 de março. Um deles chegou a ser ser socorrido no Hospital João XXIII, com um corte na cabeça. 

Os gestores de instituições de ensino também manifestaram apoio à greve dos trabalhadores da educação, que completa 23 dias nesta quinta (7). 

No manifesto escrito pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Rede Publica Municipal de BH (Sind-Rede), diretores e vice-diretores classificam a ação de “desproporcional e violenta”. E afirmam que as “cenas de horror” e que terminaram com colegas feridos provocaram “um sentimento de repúdio em toda a categoria”.

Eles ainda definem como autoritário o governo do ex-prefeito Alexandre Kalil, que teria impedido "os professores de exercerem o direito de manifestar". Os trabalhadores também repudiam a fala da secretária municipal de educação, Ângela Dalben, que teria chamado a manifestação de “ato de político” e “oposição desrespeitosa”.

O documento requer ainda que a PBH e a Guarda Municipal se retratem pelo ocorrido. A categoria pede ainda ao prefeito, Fuad Noman, para mediar a negociação entre os trabalhadores e o executivo, a fim de suspender a greve.

O Sind-Rede afirma que a proposta da prefeitura é insuficiente e que não atende a principal reivindicação da categoria, que é a aplicação do piso salarial nacional no primeiro nível da carreira.

Os servidores querem ainda que o reajuste seja pago a todos os níveis e que aposentados também sejam contemplados.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) disse, nessa quarta (6) que chegou ao ‘limite financeiro’ e não irá apresentar outra proposta de reajuste salarial aos professores da rede municipal.

De acordo com a pasta, três ofertas foram rejeitadas pela categoria. A última delas, apresentada nessa terça (5) pelo executivo, será avaliada em uma nova assembleia do Sind-Rede, às 14h, na Praça da Estação, região Central da capital.

A reportagem do Hoje em Dia procurou o ex-prefeito Alexandre Kalil e aguarda retorno.

Com relação ao episódio ocorrido em frente à sede da Prefeitura, no dia 25 de março, a prefeitura declarou, em nota, que todas as providências estão sendo adotadas. E que os dois agentes foram afastados preliminarmente das funções operacionais pela Corregedoria da Guarda Municipal, no dia 29.  Segundo a PBH, "tal afastamento será mantido até a conclusão da sindicância investigativa, que foi instaurada imediatamente após a ocorrência do fato, ainda no dia 25."

Ainda de acordo com a prefeitura, por se tratar de "processo apuratório ainda em curso, demais informações serão reveladas somente após a conclusão da sindicância."

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