
Na manhã desta terça-feira (21), quatro familiares de pessoas que ficaram doentes ou fazem fazem parte da lista de casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol em Minas estão sendo ouvidos na 4ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, no bairro Estoril. Na segunda (20), três parentes prestaram depoimento.
Segundo o delegado Flávio Grossi, que está à frente das investigações, trata-se de uma nova fase. Conforme o policial, a equipe trabalha em duas frentes. Na primeira, tenta verificar se, de fato, as intoxicações envolvem rótulos da cervejaria. Na segunda, as circunstâncias em que tanques da fábrica foram contaminados. O teor dos depoimentos não foi divulgado.
Até esta terça, são 21 notificações suspeitas no Estado. Os dois últimos registros na lista da Secretaria de Estado de Saúde são de homens, moradores de Belo Horizonte.
Ao todo, 19 homens e duas mulheres estão no boletim da secretaria. A intoxicação por dietilenoglicol foi confirmada nos exames de quatro pessoas. Uma delas morreu. Outros três óbitos seguem como "suspeitos".
A morte confirmada ocorreu em Juiz de Fora, na Zona da Mata. Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, morava em Ubá, na mesma região, e faleceu em 7 de janeiro. Sobre os demais óbitos, dois ocorreram em Belo Horizonte - na quarta (16) e na quinta-feira (17) - e um em 28 de dezembro, em Pompéu, na região Central.
Dos 21 registros da SES, 14 são de moradores da capital. Os restantes são de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, Nova Lima, na Grande BH, Pompéu e São João Del Rei, na região Central, São Lourenço, no Sul de Minas, e Ubá e Viçosa, na Zona da Mata.
* Com Bruno Inácio.
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