A menina Ana Luiza Silva Gomes, de 12 anos, que teve o corpo abandonado em uma calçada no bairro Bela Vitória, na região Nordeste de Belo Horizonte, foi asfixiada até a morte enquanto era estuprada. Essa foi a conclusão do inquérito da Polícia Civil, apresentado para a imprensa na manhã desta sexta-feira (26).

Conforme a investigação, o suspeito de 25 anos foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável, homicídio, fraude processual e corrupção de menores. Se condenado, pode pegar uma pena máxima de 56 anos de prisão.

O levantamento dos policiais apontou ainda que a menina era virgem antes do estupro, e que o rapaz teria, desde o início, quando a convenceu a ir na casa dele, planejado estuprar Ana Luiza.

Os laudos periciais, segundo a PCMG, indicam que ele forçou o tórax da vítima, durante o estupro, até que a menina ficasse sem ar.

Intenção de matar

O inquérito apresentado descartou a tese de homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Os investigadores entenderam que o suspeito não se preocupou de prestar socorro, mas sim em simular a causa da morte, afirmando que ela teve uma overdose após usar loló. entretanto, os exames toxicológicos apontaram que a garota não usou substância ilícita.

A perícia apontou ainda que a menina foi estuprado praticamente na mesma hora em que chegou na casa do suspeito. O agressor, que segundo a polícia teria atração sexual por meninas menores de idade, se mostrou "frio e muito articulado", falou que a garota era "meia, simpática e muito infantil".

O suspeito, preso desde 16 de janeiro, quando ocorreu o crime, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e segue à disposição da Justiça no sistema prisional mineiro.

Entenda o caso

O suspeito foi preso em flagrante após ser identificado em imagens de câmeras de segurança, enquanto entrava em uma casa no bairro Bela Vitória, região Nordentes de Belo Horizonte, acompanhado da vítima. Em seguida, ele sai da casa, vestido com uma outra roupa, e deixa a menina na calçada, desacordada.

Pessoas que passavam pelo local viram a garota e tentaram reanimá-la, com massagens cardiacas. No entanto, a morte da jovem foi constatada após a chegada de uma equipe do Samu.

À polícia, o homem contou que conheceu a vítima em um ponto de ônibus, próximo de um campo de futebol, no bairro Goiânia, fazendo uso de loló - droga psicoativa feita a partir de solventes químicos.

Ela teria pedido um copo d'água e, de lá, seguiram para a casa dele. Ainda segundo o suspeito, a menina teria passado mal após, novamente, fazer uso da droga. Conforme mostram as imagens da câmera de segurança, a garota chega até a casa do homem às 10h13. Três horas depois, às 13h13, ele sai com a menina no colo e a deixa na calçada.

Um preservativo usado foi encontrado na casa onde ela esteve será periciado. Conforme a PC, o imóvel pertence a um familiar do suspeito, que tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, furto e estupro de vulnerável.

minas

violência sexual

investigação

conclusão de inquérito

pcmg