Mosquito com bactéria que é aposta para frear dengue será solto na capital em fevereiro

Marília Mesquita
25/11/2019 às 19:35.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:48
 (Reprodução/ Pixabay)

(Reprodução/ Pixabay)

Mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia devem ser soltos em Belo Horizonte dentro de três meses. A previsão é do secretário municipal de Saúde (SMSA), Jackson Machado. A bactéria é a aposta da prefeitura para barrar a transmissão da dengue, que só neste ano deixou 115 mil belo-horizontinos doentes e 30 mortes.Reprodução/ Pixabay

Mosquitos serão modificados em laboratório na região da Pampulha, em Belo Horizonte

Os insetos serão produzidos em um laboratório na região da Pampulha. Conforme o Hoje em Dia mostrou em 18 de setembro, a região de Venda Nova será a primeira a receber a nova estratégia.

A expectativa de soltura do Aedes com a bactéria foi anunciada nesta segunda-feira (25) por Jackson Machado durante a entrega de 39 ambulâncias, que vão prestar assistência a quem necessita de cuidados especializados, como fazer hemodiálises nos hospitais e ser transferido das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs).

Laboratório

Na capital, a iniciativa envolvendo a Wolbachia é financiada pelo Ministério da Saúde e considerada, pelo governo federal, como “a maior pesquisa de enfrentamento à dengue”.

A bactéria está presente em 70% das espécies de insetos, mas ausente no Aedes. A ideia é que, ao recebê-la no organismo, o também causador da chikungunya e zika perca a capacidade de transmitir as doenças.

Nova estação

Enquanto a estratégia não é lançada, Jackson Machado afirmou que, a menos de um mês para o início do verão, as visitas domiciliares para frear a propagação do vetor são feitas rotineiramente.

Para o próximo ano, ainda segundo o secretário, serão comprados drones capazes de identificar reservatórios com água, que favorecem a reprodução do mosquito. A partir daí, será calculada a quantidade de inseticida a ser jogada nesse local para matar as larvas.

No entanto, nenhuma das ações será efetiva sem a participação dos moradores, destacou Machado. O Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) indica que cerca de 80% dos focos da dengue estão nas casas. “Não adianta ações da prefeitura se o famoso vasinho de planta acumula água”, afirmou.Editoria de Arte 

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