
Subiu para nove o número de mortes confirmadas em decorrência do rompimento da barragem da Vale, no Complexo da Mina do Feijão em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A tragédia ocorreu por volta de 12h40 dessa sexta-feira (25) e resultou, ainda, em mais de 300 desaparecidos, segundo o Corpo de Bombeiros.
De acordo com a corporação, 189 pessoas que foram soterradas pela lama de rejeitos e foram socorridas com vida desde o início das buscas até a divulgação do último boletim durante a madrugada.
Ainda conforme o Corpo de Bombeiros, os sedimentos atingiram o leito do rio Paraopeba. Para a manhã deste sábado (25), o presidente Jair Bolsonaro (PSL), ministros do governo federal, secretários de estado e o governador Romeu Zema (Novo) irão sobrevoar a área atingida.
Não foi informado se os chefes dos executivos estadual e federal concederão entrevista.
Buscas
As buscas às vítimas contam com uma equipe integrada montada pelo governo de Minas. A força-tarefa foi anunciada pelo executivo e envolve órgãos militares e secretarias de governo.
Os cães do canil do Corpo de Bombeiros de Uberaba, no Triângulo Mineiro, vão reforçar o trabalho de busca. Os cachorros vieram de avião até Belo Horizonte e serão alimentados e medicados antes de se juntarem aos mais de 180 militares que estão em atividade na região da Mina do Córrego do Feijão.
Em entrevista na noite dessa sexta-feira (25), o governador Romeu Zema afirmou que as buscas, agora, são apenas para encontrar corpos. “Mas sabemos agora que as chances são mínimas e que provavelmente resgataremos corpos", afirmou o governador.
Wagner Pinto de Souza, chefe da Polícia Civil, disse que a corporação vai avaliar o ocorrido. "Temos a preocupação em buscar as provas. Logicamente, haverá investigação policial para definir causas e a eventual responsabilidade penal dos fatos", disse.
Tragédia
Mais de 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro foram derramados no rompimento da barragem. Os sedimentos atingiram escritórios e refeitórios da Vale. A lama ainda devastou parte de mata na região e atingiu os leitos do Córrego do Feijão e do rio Paraopeba.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Agência Nacional de Mineração (ANA) garantiram que a documentação de fiscalização da estrutura de contenção estava regular. O último licenciamento ambiental foi concedido em dezembro de 2018.
Vítimas
Levantamento do Corpo de Bombeiros aponta que dentre os 300 desaparecidos, entre 100 a 150 pessoas estavam na área administrativa que ficava próximo da barragem; entre 100 a 140 na região do Parque das Cachoeiras; e 30 estavam na pousada Nova Instância,