Pelo 5º mês consecutivo

Número de belo-horizontinos endividados cai e inadimplência fica abaixo da média registrada no país

Mulheres e idosos seguem no topo dos inadimplentes

Da Redação
26/10/2023 às 18:35.
Atualizado em 26/10/2023 às 18:41
Trabalhadores do RS nascidos até dezembro tiveram benefício antecipado
 (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Trabalhadores do RS nascidos até dezembro tiveram benefício antecipado (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Pelo quinto mês consecutivo, Belo Horizonte registrou desaceleração do número de dívidas por CPF entre os consumidores. Em setembro, o indicador foi de 10,1% - um recuo de 48,46% em comparação ao mesmo período de 2022. Os dados estão em um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) divulgado nesta quinta-feira (26).

Tal redução do número de dívidas por CPF, aliada ao crescimento da renda, queda da inflação e da taxa Selic, fizeram com que no nono mês do ano, a inadimplência na capital (2,28%) ficasse abaixo do país (5,78%) e da região Sudeste (5,74%).

“A melhora do mercado de trabalho, a desaceleração da inflação e, consequentemente os juros, têm possibilitado que os consumidores honrem seus compromissos financeiros. Além disso, o programa Desenrola Brasil tem beneficiado os inadimplentes na renegociação de suas dívidas e retirando-os do cadastro de negativados”, destaca o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Valor da dívidas pode chegar a quase R$ 10 mil

O valor médio devido pelos belo-horizontinos é de R$ 4.903,36. Como cada CPF possui, em média, dois contratos com pagamento atrasado, o montante devido pode chegar a R$ 9.806,72.

“Os juros encarecem o valor da dívida ao longo dos meses. De agosto para setembro, por exemplo, houve um aumento de 2,16%. O valor médio dos contratos em atraso dos belo-horizontinos é 21,3% maior que a média salarial da população (R$ 4.048,00)”, explica a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos.

Idade e gênero pesam no bolso

A inadimplência persiste entre as mulheres e os idosos da cidade. O levantamento mostra que, por faixa etária, a população de 65 anos a 95 anos apresenta maior concentração da inadimplência, em relação a setembro do ano passado, com uma média de crescimento de 11,85%.

Entre os gêneros, o feminino contra maior número de contratos em atraso. Entretanto, o valor devido pelo gênero masculino (R$ 5.240,71) é maior que o oposto (R$ 4.795,96).

“A maior taxa de desemprego e a diferença salarial continuam sendo os principais motivadores da inadimplência entre as mulheres. Já entre as faixas etárias, a responsabilidade dos idosos com as principais contas da casa e os gastos com saúde fazem com que eles sejam os maiores inadimplentes”, explica Marcelo de Souza e Silva.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por