
Uma operação contra o trabalho análogo à escravidão resgatou 63 pessoas entre os dias 13 a 30 de julho no Sul de Minas Gerais. A ação conjunta aconteceu em Boa Esperança e Ilicínea, envolvendo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT) e o Ministério Público do Trabalho.
As fiscalizações foram feitas em lavouras cafeeiras após o recebimento de denúncias anônimas. “Além da inexistência de direitos trabalhistas básicos como registro imediato do trabalhador e quitação mensal do salário, os lavradores eram submetidos a moradias em sistema de alojamento em situações precárias, frentes de trabalho sem banheiro e locais para refeições e não eram fornecidos os equipamentos de proteção individual a contento”, afirma a PRF.
Os trabalhadores vieram da Bahia, em um esquema de aliciamento de pessoas desse Estado. Além das condições de trabalho, ainda tiveram que arcar com todos os custos de transporte e alimentação até chegar nas fazendas.
No município de Boa Esperança, a operação resgatou 30 pessoas em uma fazenda. Em Ilicínea, as buscas foram em duas lavouras, com o resgate de nove indivíduos em uma e 24 em outra.
Com o fim da operação, a apuração de responsabilidade civil e criminal dos empregadores continuará.
Confira abaixo o gráfico do Portal da Inspeção do Trabalho com o número de indivíduos resgatados de situações de trabalho escravo em Minas Gerais nos últimos anos.

Número de resgatados de trabalhos análogos à escravidão em Minas Gerais.
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