
O “conflito” envolvendo o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), e a presidente da Câmara Municipal, Nely Aquino (Podemos), ganhou um novo capítulo. Desde que a Casa devolveu à PBH o Projeto de Lei que propõe a redução de R$ 0,20 nas passagens de ônibus da capital, ambos vêm trocando farpas.
Nesta terça-feira (8), o chefe do Executivo municipal afirmou que já concluiu o assunto e disse “tudo o que tinha que falar”, mas disparou quando questionado sobre a decisão de Nely em acioná-lo na Justiça para pedir explicações e “exigir respeito” sobre acusações anteriores de Kalil.
“O assunto todo que eu tinha que falar eu falei. Vou só repetir uma frase que disse na entrevista: para ser meu inimigo, tem que ter o meu tamanho”, disse em coletiva concedida à imprensa durante visita às obras para construção de uma área de escape no Anel Rodoviário.
A entrevista citada por Kalil foi realizada no último dia 3 de março, quando ele considerou a decisão da Câmara Municipal de BH como fruto de “má fé ou incompetência”.
Na época, o projeto, que havia sido enviado para a Casa em 15 de fevereiro, foi reencaminhado à PBH para que trechos fossem explicados, o que irritou o prefeito da capital mineira.
"A população de Belo Horizonte, mais uma vez, foi prejudicada por uma questão política contra o Alexandre Kalil e eu peço desculpas. Não sabia que esse ódio contra mim ia refletir na pobreza e em quem precisa", afirmou na ocasião, dizendo que a vereadora havia virado sua "inimiga pessoal”.
"A população de Belo Horizonte, mais uma vez, foi prejudicada por uma questão política contra o Alexandre Kalil e eu peço desculpas. Não sabia que esse ódio contra mim ia refletir na pobreza e em quem precisa", afirmou.
O Hoje em Dia procurou a vereadora Nely Aquino e deixa o espaço aberto para declarações.
Dia da mulher
Antes de responder ao questionamento sobre a presidente da Câmara, Kalil usou o espaço para parabenizar as belo-horizontinas pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça.
"Vamos aproveitar o seguinte, hoje é dia da mulher, né? Não posso deixar de homenagear minha mulher, minhas três noras e quatro netas. Então eu quero aqui deixar meu beijo para as mulheres de BH, meu abraço fraterno, e dizer que eu reconheço que são elas que seguram essa cidade, são elas que lutam para pegar o remédio, ir no posto, pegar a lotação, para pegar tudo. Não vamos falar de feminicídio, de mulher que é agredida, porque isso é tão falado já, mas quem segura essa cidade são as mulheres”, finalizou.