Não fosse pela atuação de profissionais da saúde e de colaboradores da Santa Casa de Belo Horizonte, a tragédia na Santa Casa de Belo Horizonte após um incêndio atingir o décimo andar da unidade, onde funciona um Centro de Terapia Intensiva (CTI), poderia ser ainda maior.

A enfermeira Maria Tereza, de 24 anos, é uma das trabalhadoras que participou ativamente da evacuação dos pacientes. Ao Hoje em Dia, ela relatou momentos de pânico após perceber o incêndio. "Foi uma sensação pavorosa. Um pesadelo em vida real", afirmou.

De acordo com a profissional, até então, era um dia normal de trabalho. Ela conta ter percebido, junto a outros profissionais, um barulho de gás vazando, por volta das 20h30. "De repente, um barulhão, um estrondo, e aí veio a luz do fogo. Começou a gritaria, o desespero", relembra.

"Nossa prioridade era salvar nossos pacientes. Pegamos extintores e começamos a tentar reduzir o fogo, enquanto retirávamos os pacientes. Só pensamos que é o meu CTI, os meus pacientes. Temos que tirar eles. Foi um momento que não vamos esquecer, isso não vai sair da cabeça de ninguém", reforça.

Incêndio na Santa Casa
De acordo com o Corpo de Bombeiros, cerca de 950 pessoas foram removidas durante a ocorrência na Santa Casa, incluindo pacientes que se encontravam em estado grave e estavam internados no CTI. Duas pessoas morreram após a transferência, segundo a assessoria da unidade.

O incêndio começou em um quarto do hospital, onde funciona o Centro de Terapia Intensiva (CTI), por volta das 20h. De acordo com os Bombeiros, a princípio, o fogo foi causado por um vazamento de oxigênio atrelado à pane de um equipamento. Houve uma pequena explosão, segundo relato de uma funcionária e, em seguida, as chamas começaram a se alastrar. Duas pessoas morreram durante a remoção dos pacientes.