Rainha da sofrência

Polícia Civil de Minas retoma investigação sobre acidente que matou Marília Mendonça

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
06/05/2022 às 08:52.
Atualizado em 06/05/2022 às 10:17
 (Polícia Civil / Divulgação)

(Polícia Civil / Divulgação)

A investigação sobre o acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas, em novembro de 2021, foi retomada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A reabertura do inquérito foi anunciada no fim da tarde de quinta-feira (6), quando o caso completou seis meses.

Isso porque as investigações estão paralisadas há um mês por causa de um impasse. O inquérito, presidido pela PCMG, foi pausado após as Justiças Estadual e Federal entrarem em conflito sobre qual dos dois órgãos seria o responsável pelo caso.

Conforme o delegado Ivan Sales, a Polícia Civil aguardava o retorno da Justiça, mas não houve perda no processo investigatório.

"Durante esse período de análise no STJ, não houve qualquer prejuízo à investigação, tendo em vista que essa investigação perpassa pela Polícia Civil e pela Força Aérea Brasileira. Embora sejam órgãos independentes e com investigações autônomas, elas se complementam, na medida em que a Polícia Civil encaminha elementos informativos para a FAB e a FAB encaminha laudos periciais da aeronave para a Polícia Civil", informou o delegado.

Segundo ele, o objetivo identificar eventual responsabilidade sobre o acidente. "Ainda nesta semana, a Polícia Civil solicitará à Força Aérea Brasileira (FAB) o encaminhamento dos laudos já concluídos", explicou.

A FAB, por meio do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), tem como responsabilidade apontar a causa do acidente e indicar sugestões para evitar que outras tragédias como essa ocorram.

Acidente aéreo

Em 5 de novembro de 2021, o avião em que as vítimas estavam caiu na zona rural de Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce mineiro. Com o impacto, os tripulantes da aeronave sofreram politraumatismo contuso, e vieram a óbito. 

Além da artista, conhecida como a "Rainha da Sofrência", também morreram o produtor Henrique Ribeiro, seu tio Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto do avião, Geraldo Medeiros e o copiloto Tarcio Viana. 

aeronave da cantora se chocou contra cabos da rede de energia da Cemig, em uma área próxima ao aeródromo. Na época do acidente, a companhia informou que a torre de distribuição está fora da zona de proteção da área de voo da cidade. 

Conforme os exames de necropsia, todas as pessoas que estavam na aeronave não tinham consumido nenhuma substância que pudesse alterar ou contribuir para o óbito. Para o delegado da Polícia Civil de Caratinga, Ivan Lopes Sales, o resultado dos exames de necropsia são importantes para a eliminação de algumas hipóteses sobre o que pode ter causado o acidente.

A aeronave decolou de Goiânia e seguia para Caratinga, cidade também no Vale do Rio Doce, onde a artista faria um show na mesma noite. 

O resgate das vítimas demorou cerca de três horas, já que o avião estava em uma área de difícil acesso. Equipes do Samu, bombeiros militares e policiais atuaram na retirada dos corpos. Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, os ocupantes estavam presos entre as ferragens. Os primeiros a serem resgatados foram os passageiros, já  que o piloto e o co-piloto estavam em áreas mais difíceis.

A artista estava em um bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, de Goiás, prefixo PT-ONJ, com capacidade para seis passageiros. Segundo informações da Anac, o avião estava em situação regular.

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