Presencial e virtual: ensino em BH será híbrido e sem recreio; veja detalhes da volta às aulas

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
30/09/2020 às 12:29.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:40
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Mesmo sem uma data para a volta às aulas presenciais em Belo Horizonte, o protocolo com as regras de segurança para alunos e professores já foi definido pela prefeitura. Para evitar aglomeração e risco de contágio da Covid-19, os estudantes irão às escolas em dias alternados, com aulas presenciais e a distância.

A conclusão do protocolo que prevê o chamado ensino híbrido foi confirmada ao Hoje em Dia pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). O documento, no entanto, aguarda aval do Comitê de Combate à Covid-19. Médicos que integram o grupo vão definir o momento ideal para o retorno, levando em conta os índices de transmissão da doença na cidade.

O novo normal deverá valer para todas as 323 instituições de educação da rede pública municipal, que conta com 221 mil alunos nos ensinos infantil e fundamental. "Não tem jeito de ser normal mais. Vai ser uma realidade nova para todas as redes de ensino. Parte dos alunos vai ficar em casa e outra na escola. Eles vão se revezar", explicou a subsecretária de Educação, Natália Araújo.

Atualmente, BH tem 40 mil casos 1,2 mil mortes em decorrência do novo coronavírus.

Conforme a servidora, o ensino com dias alternados será adotado para respeitar o distanciamento de dois metros dentro das salas. Em casa, crianças e adolescentes terão o aprendizado remoto, com conteúdos enviados pelo WhatsApp e plataformas digitais. Quem não tiver acesso à internet, vai receber material impresso.

Outras regras de segurança também vão fazer parte do "novo normal" das crianças e adolescentes. Os alunos não contarão com o tradicional recreio com a presença de todas as turmas. Mas isso não significa que as aulas serão ininterruptas.

A cada 45 minutos dentro das salas, eles terão 15 minutos para ir ao banheiro e tomar água. O horário do lanche será alternado para cada sala. Haverá, também, momentos específicos para atividades ao ar livre. Estudantes de turmas diferentes não irão se encontrar.Lucas PratesÁlcool para higienização das mãos será oferecido em vários ambientes

Segurança

A prefeitura definiu que professores, funcionários e alunos receberão quatro máscaras de proteção, cada. Além disso, álcool em gel será disponibilizado em vários locais das escolas.

Mas o protocolo ainda prevê mais regras. Logo na portaria, os estudantes terão que passar por tapetes sanitizantes Em seguida, terão a temperatura verificada e, quem não apresentar febre, poderá entrar. Dentro da instituição, a primeira ação do aluno será lavar as mãos em pias que já começaram a ser instaladas.

Nas salas, fitas adesivas colocadas no chão vão delimitar o distanciamento entre as carteiras – até mesmo o caminho a ser percorrido pelo estudante até o mobiliário será marcado.

Nos refeitórios dos colégios maiores, o distanciamento também será demarcado. Já nas instituições com espaços insuficientes para garantir o isolamento, os lanches serão servidos dentro da sala de aula. Outros detalhes do protocolo, como o funcionamento de bibliotecas e se a presença será obrigatória, não foram antecipados.

Na semana passada, o prefeito Alexandre Kalil informou que nas unidades que atendem crianças, a indicação de retorno das aulas presenciais será quando a metrópole apresentar cinco casos ou menos a cada 100 mil habitantes. Já para o ensino médio e universidades, o índice previsto será de 50 para cada grupo de 100 mil.

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