No primeiro dia útil do recuo na flexibilização do comércio em Belo Horizonte, o movimento nas estações do Move foi mais intenso do que o esperado, segundo funcionários. Mesmo com as atividades não essenciais sem autorização para o funcionamento, muitos moradores se deslocaram para o Centro da capital nesta segunda-feira (8).

Ruas de BH amanheceram cheias neste primeiro dia útil de recuo na flexibilização
Conforme alguns trabalhadores dos terminais afirmaram ao Hoje em Dia, a expectativa era a de que menos pessoas passassem pelo hipercentro neste dia. No entanto, o cenário foi diferente e muita gente desembarcou ao longo da manhã para trabalhar.
Para a diarista Luiza Alves, de 49 anos, os ônibus estavam mais cheios do que ela imaginou para o primeiro dia com as lojas fechadas. "Muita gente vindo para o Centro para trabalhar. Mesmo com o risco que é, nem todo mundo pode ficar em casa", afirmou.

Ainda não há previsão para a reabertura dos serviços não essenciais em BH; tradicional, Galeria do Ouvidor foi afetada pelo novo decreto municipal
Apesar dos coletivos lotados, o que atrapalha o distanciamento, ela avalia que outras medidas de segurança estão sendo bem cumpridas, como o uso de máscaras.
O vendedor Gabriel Lima, de 21 anos, disse que a movimentação nas ruas está acima do que ele esperava para esta segunda. "No sábado tinha muita gente por aqui, mas hoje também tem bastante".
Ele, porém, afirma que dentro do ônibus que pegou para ir trabalhar nem todo mundo respeitou o protocolo sanitário, com as máscaras mal colocadas. A má utilização do acessório de proteção, inclusive, pode render multa de R$ 100 ao infrator, já que o uso é obrigatório desde julho do ano passado. Em BH, a prefeitura já autuou 176 pessoas por descumprirem o decreto, mas apenas três punições foram pagas até o momento.
Recuo na flexibilização
Na última sexta-feira (5), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) decretou mudanças no funcionamento da cidade. Desde sábado (6), apenas os estabelecimentos comerciais considerados essenciais podem abrir.
A medida foi imposta para tentar conter o avanço da Covid-19 no município, que chegou a 81% de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) destinadas a pacientes com o novo coronavírus. A determinação vai valer por tempo indeterminado.
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