
Professores da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) decidiram manter a paralisação, em assembleia virtual realizada nesta terça-feira (22).
A categoria conseguiu agendar uma reunião com a Secretaria de Planejamento para o próximo dia 28. A expectativa é de que as negociações com o governo avancem.
A greve começou na última sexta-feira (18 ). A categoria reivindica recomposição de 71% das perdas inflacionárias entre 2012 e 2021.
Os professores também querem o cumprimento do acordo de greve de 2016 assinado com o governo, mas que, segundo a categoria, não foi cumprido em 2019.
O documento prevê as incorporações das gratificações ao vencimento básico que é suspenso, por exemplo, em casos de licença-maternidade ou para cursar pós-doutorado.
“Temos os piores salários das universidades públicas do país”, afirma o vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Minas Gerais (Adueng), Cássio Diniz.
Atualmente, o vencimento básico de um docente com mestrado é de R$ 2.764 e de R$ 3.981 para os professores com doutorado, para 40 horas semanais de trabalho, de acordo com a Adueng. “É muito pouco para lecionar, fazer pesquisas e ainda cuidar da parte administrativa”, reclama afirma Cássio.
“Nossa luta é por melhores salários e também pela valorização da universidade pública, que tem perdido nomes importantes para instituições de ensino de outros estados e de outros paises”, diz o professor.
Hoje há 21 unidades de universidades estaduais em Minas, com 1.500 professores efetivos e contratos em regime precário, segundo o vice-presidente da Associação, além dos selecionados em processos seletivos simplificados.
Em nota, o Governo de Minas, informou que já enviou para a Assembleia Legislativa o projeto de lei que prevê reajuste salarial de 10,6% para todos os servidores estaduais.
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