Caso Lorenza

Promotor suspeito de matar a esposa em BH será julgado em agosto

Clara Mariz
@clara_mariz
14/07/2022 às 20:44.
Atualizado em 14/07/2022 às 21:16

A audiência de instrução e julgamento do promotor André Luís Garcia de Pinho, de 52 anos, suspeito de matar a esposa Lorenza Maria Silva de Pinho, de 41, em abril de 2021, no apartamento do casal em Belo Horizonte, foi marcada para a manhã de 8 de agosto.

Na audiência, o juiz vai se reunir com as partes, advogados e testemunhas para a produção de provas ligadas ao caso. Pinho está preso desde agosto do ano passado e teve a detenção mantida em maio deste ano, após entrar com um pedido de habeas corpus, que foi negado por unanimidade pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Por ainda não ter sido julgado, o promotor está preso de forma preventiva. De acordo com a legislação, nesses casos, a análise da decisão deve ser feita a cada 90 dias. Agora, cabe à Justiça seguir com a instrução criminal, em que as provas são colhidas pela investigação.

Procurada, a defesa do promotor informou que aguarda a publicação da decisão para se manifestar. 

Relembre o caso 
Lorenza Maria Silva de Pinho foi encontrada morta em 2 de abril de 2021, no apartamento em que morava com o marido, o então promotor André Luiz Garcia de Pinho, no Buritis, região Oeste da capital. Após 11 dias no Instituto Médico Legal (IML), o corpo foi liberado e enterrado em Barbacena, onde Lorenza nasceu.

O atestado de óbito preliminar assinado por dois médicos apontou que a vítima teria engasgado com um remédio. Porém, a família dela suspeitou da causa da morte que constava no documento. 

Após investigações, André Luiz foi denunciado na Justiça por feminicídio. Conforme o Ministério Público, o promotor teria intoxicado e asfixiado a esposa na noite em que ela morreu. Ele é suspeito de aplicar adesivos de analgésicos em quantidade superior à dose prescrita nas costas da esposa e, ainda, ter dado a ela duas garrafas de bebida alcoólica.

Durante a perícia, constatou-se que no sangue da vítima havia substâncias como Zolpidem, Mirtazapina, Quetiapina, Buprenorfina e Clonazepam. O laudo do IML também apontou que Lorenza foi asfixiada e tinha lesões na região cervical, próximo ao pescoço.

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