Minas Gerais registrou, no 1º semestre de 2022, um total de 317.342 metros de cabos de telecom roubados ou furtados. O número é 74% maior em comparação ao 2º semestre de 2021, que é de 182.901 metros.

Os dados são de um levantamento da Conexis Brasil Digital, sindicato que reúne as maiores operadoras do Brasil. 

O número registrado no 1º semestre de 2022 no estado também é três vezes maior do que o registrado no primeiro semestre de 2021, que foi de 102.875 metros. 

Minas está atrás apenas de São Paulo, com 490.761 metros, e do Paraná, com 487.733 metros, no comparativo do primeiro semestre deste ano. 

“No Brasil, foram furtados ou roubados 2,34 milhões de metros de cabos de telecomunicações durante o primeiro semestre de 2022. Essas ações criminosas deixaram mais de 4 milhões de clientes sem contato com serviços como polícia, bombeiros e emergência médica”, afirma a Conexis. 

O volume é praticamente igual ao primeiro semestre de 2021, de 2,3 milhões de metros, e representa um aumento de 28% em relação ao segundo semestre de 2021, quando foram furtados 1,83 milhões de metros.

“O setor defende ações de políticas públicas de combate aos furtos e roubos e a punição de empresas que compram equipamentos furtados ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as operadoras quando o serviço é interrompido em decorrência do crime", ressalta a entidade, que também defende a aprovação urgente do PL 5846/16, "que aumenta a punição para essas ações criminosas". 

Ações em ferros-velhos 

Em Belo Horizonte, a prefeitura realizou nesta terça-feira (29) uma ação de abordagem junto a ferros-velhos em 10 endereços da região Centro-Sul. O objetivo foi conferir a procedência dos materiais e orientar os donos sobre as regras a serem cumpridas e as punições previstas para eventuais irregularidades.

"Verificamos a existência de irregularidades em estabelecimentos de reciclagem que fazem a compra e revenda de metais usados na capital. O objetivo da operação é coibir a receptação de fios de cobre, grelhas e tampas de bueiros furtados", explicou a PBH. 

Durante a operação, também foi checada a regularidade do alvará de localização e funcionamento e do sistema de proteção e combate ao incêndio dos estabelecimentos.

"Não houve apreensões neste primeiro dia da operação e as abordagens irão se estender às demais regiões da cidade”, informou a prefeitura. 

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