
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) determinou que a empresa Anglo American realize a limpeza da calha do Ribeirão Antônio do Grama e de suas margens, na região da Zona da Mata, após o segundo vazamento de mério em menos de 20 dias. A equipe da Semad esteve, neste sábado (31), no local.
A pasta também determinou que a mineradora forneça as coordenadas geográficas dos pontos do mineroduto nas áreas povoadas, identificando os locais onde estão instalados os tubos do mesmo lote daqueles que se romperam. O prazo é de 30 dias.
Entenda
Nesta quinta-feira (29), um novo rompimento do mineroduto foi registrado. O acidente é o segundo em 17 dias e ocorreu dois dias após a empresa retomar as atividades na cidade. A Anglo American anunciou férias coletivas aos funcionários da área de operação.
Duas vistorias foram realizadas pelos técnicos da Semad. Na sexta-feira (30), a equipe constatou que o lugar onde a polpa de minério jorrou no dia 29 de março (quinta-feira) fica a cerca de 220 metros do local onde um primeiro vazamento foi registrado, em 12 de março.
Na ocorrência do dia 29, vazaram, segundo a empresa, 647 toneladas de polpa de minério, sendo que 174 toneladas do material atingiram o Ribeirão Santo Antônio do Grama, enquanto 473 toneladas vazaram para uma propriedade rural particular.
O vazamento ocorreu, segundo informado pela mineradora, durante aproximadamente 5 minutos. Funcionários da Anglo American relataram à equipe da Semad que as ações de contenção foram adotadas de forma imediata.
A causa do acidente, de acordo com a mineradora, seria a mesma do primeiro vazamento: uma falha na solda de parte do mineroduto.
Durante a vistoria no local, os técnicos da Semad percorreram a extensão do Ribeirão Santo Antônio do Grama até a foz com o Rio Casca e constataram que havia depósito de minério em diversos trechos do ribeirão e que este apresentava coloração avermelhada.
Não houve prejuízo no abastecimento de água à população local, tendo em vista que a captação está sendo feita em outro curso d'água, desde a ocasião do primeiro rompimento.
Verificou-se ainda que a cerca de 250 metros à jusante da confluência do ribeirão com o Rio Casca, a pluma de minério já havia se diluído e não era mais perceptível neste último curso d'água.
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