
O governo de Minas informou, nesta sexta-feira (12), que o secretário adjunto de Estado de Saúde, Marcelo Cabral, foi desligado do cargo devido às investigações relacionadas a uma suposta fura-fila na vacinação contra a Covid-19.
Cabral e o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, também desligado, tomaram apenas a primeira dose da vacina. Conforme o Estado, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) será consultado para a definição se eles tomarão a segunda dose do imunizante.
De acordo com o MP, o Estado ainda não fez uma consulta formal ao órgão sobre o assunto, mas já há um posicionamento sobre o assunto.
"A segunda dose pode ser aplicada, mas isso não muda em nada a responsabilização de quem tomou a primeira dose sem estar nos grupos prioritários. A avaliação é que o prejuízo seria maior se eles não tomarem a segunda dose, pois isso faria com que na prática, se jogasse fora a primeira dose de vacina que foi aplicada", informou, em nota.
Demissões
As exonerações de Cabral e Amaral, desligado na noite dessa quinta-feira pelo governador Romeu Zema (Novo), serão publicadas no Diário Oficial de Minas deste sábado (13). De acordo com o Estado, o nome do novo secretário adjunto será definido pelo novo secretário de saúde, Fábio Baccheretti. Ainda não há previsão de quando isso ocorrerá.
"O Governo reitera que a decisão de vacinar profissionais foi da Secretaria de Saúde, quando da gestão do Dr. Carlos Eduardo Amaral", informou o Estado, em nota.
A Assembleia Legislativa abriu uma CPI e o Ministério Público instaurou um inquérito civil para apurar o caso dos supostos "fura-filas".
O Hoje em Dia questionou a SES-MG se os outros 804 funcionários já vacinados também receberão a segunda dose da vacina e aguarda um posicionamento.