Paralisação

Servidores das forças de segurança de Minas dizem que vão acampar na ‘porta’ do Governo

Clara Mariz
@clara_mariz
09/03/2022 às 21:26.
Atualizado em 09/03/2022 às 21:36
 (Lucas Prates / Hoje em Dia)

(Lucas Prates / Hoje em Dia)

Depois de fazer mais uma mega manifestação que reuniu, nesta quarta-feira (9), cerca de 40 mil manifestantes, em Belo Horizonte, servidores das forças de segurança dizem que vão montar um acampamento em frente à Cidade Administrativa do Estado. 

Para o diretor da Federação Interestadual da Polícia Civil (Feipol) Sudeste, Wermerson Oliveira, a hipótese das pernoites no gramado do Governo não está descartada, tendo em vista a falta de resposta do Estado às reivindicações da categoria.

“O governo não nos atende. O máximo que fizeram foi encaminhar a demanda para a secretária de planejamento (Luísa Barreto). Mas o governador Romeu Zema não tem coragem de sentar e dialogar com os servidores. Ele gosta mais das redes sociais”, afirmou. 

O protesto desta quarta-feira foi o terceiro de grande porte, desde que a paralisação dos servidores foi anunciada no dia 21 de fevereiro. Os servidores pedem os 37,75% de recomposição salarial. 

De acordo com Wermerson, as reivindicações da Polícia Civil continuam as mesmas: o cumprimento do acordo da recomposição inflacionária firmado em 2019 e validado em 2020 pela Assembleia Legislativa; e a retirada da urgência do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que prevê congelar salários de servidores públicos, limitar os investimentos do Estado, entre outros.

Incidentes violentos 

Durante a manifestação desta quarta-feira, jornalistas que estavam trabalhando no local ficaram feridos , depois que algumas pessoas estouraram bombas, apesar da recomendação do Ministério Público de Minas (MPMG) orientando que os manifestantes não fizessem uso de explosivos no ato. 

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou em nota que as condutas dos servidores que contrariam determinação judicial ou recomendações do MPMG serão apuradas. A pasta ainda ressaltou que não compactua com desvios de conduta de servidores públicos, que devem ser os primeiros a prezar e a zelar pela segurança dos cidadãos. 

Pelas redes sociais, o governador Romeu Zema (Novo) manifestou solidariedade aos profissionais feridos. Já o MPMG, afirmou que  acompanha os casos e que está “à disposição para receber elementos de prova para a ação, inclusive, de vítimas do evento''. 

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