Polêmica

Tamisa diz que não vai recuar e quer começar este ano a mineração na Serra do Curral, em Nova Lima

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
05/05/2022 às 16:12.
Atualizado em 05/05/2022 às 16:20
Leandro Amorin, representante da mineradora Tamisa, durante audiência na ALMG (Reprodução - TV Assembleia)

Leandro Amorin, representante da mineradora Tamisa, durante audiência na ALMG (Reprodução - TV Assembleia)

O representante da mineradora Taquaril Mineração S.A (Tamisa), Leandro Amorin, disse durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (5) que a empresa não irá recuar na implantação de seu projeto de mineração na Serra do Curral, em Nova Lima.

"Evidentemente sou contra a destruição da Serra do Curral, mas nosso projeto não vai destruir a serra. Por isso não vamos recuar", afirmou.

Segundo Amorin, a empresa pretende iniciar ainda este ano o projeto de mineração. "A licença que recebemos é de instalação da fase 1 do projeto. Existe a licença prévia, de instalação, e a última, de operação, que permite o início do projeto. A ideia é começar este ano", disse o representante da empresa.

As declarações foram dadas durante audiência conjunta das Comissões de Meio Ambiente e Minas e Energia, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que discutiu a reunião do Conselho de Política Ambiental (Copam) em que foi aprovado o projeto de mineração da Tamisa, na Serra do Curral, próximo à divisa dos municípios de Nova Lima e Belo Horizonte.

Durante a audiência, Amorin ainda questionou a forma como o tema vem sendo tratado e a abordagem dada pela Assembleia. "Se continuarmos desta forma, não haverá mais aprovação de projetos de impacto ambiental em Minas Gerais", disse.

Ele argumentou que a sociedade está mal informada e que a reunião do Copam demorou 18h em virtude de ações de grupos que querem "tumultuar e inviabilizar o processo".

A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) questionou as falas de Leandro Amorim e salientou que todos têm o direito de participar e opinar em uma reunião "que trata de assunto tão relevante".

Existem diversas ações na Justiça questionando a regularidade da decisão do Copam e solicitando a suspensão da liminar que garante a implantação imediata do projeto de mineração.

Em uma das ações, um juiz da 22ª Vara Federal de Belo Horizonte deu prazo de 10 dias para que o governo de Minas Gerais e a mineradora Taquaril Mineração S.A expliquem a exploração na Serra do Curral. Em seguida, irá definir pela suspensão ou não da autorização do serviço.

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