
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) pediu paciência aos belo-horizontinos. Ele garantiu que vai reconstruir a cidade. As declarações foram feitas após várias vias da capital terem sido destruídas por uma chuva torrencial. Nesta quarta-feira (29), o cenário era de guerra, principalmente na região Centro-Sul. Há menos de uma semana, a avenida Teresa Cristina já havia tido o asfalto arrancado pela força dos temporais.
"Nós vamos reconstruir essa cidade. Fiquem tranquilos e tenham paciência. O que aconteceu aqui ontem inundaria Paris, Nova Iorque ou Boston. Qualquer cidade do mundo não resistiria a 183 milímetros de chuva em três horas. É a maior devastação dessa cidade em 120 anos", disse o chefe o executivo municipal.
Horas após a tempestade, a prefeitura informou que o efetivo para mitigar os estragos da chuva foi dobrado. Até terça-feira (29), 1.200 operários de vários órgãos e 75 máquinas atuavam na metrópole. Agora, são 2.400 homens e 150 equipamentos.
Ao comentar os danos provocados pela tempestade, Kalil se emocionou. "O momento é de comoção. O momento é de dor. Ninguém esperava o tamanho da catástrofe que aconteceu em BH. (...) a população tem que confiar que vamos reconstruir a cidade", frisou.
Durante o pronunciamento, o prefeito afirmou que não dará tratamento diferenciado para a região Centro-Sul em detrimento da atuação que aconteceu no penúltimo temporal, que devastou principalmente a região Oeste. Outra garantia dada pelo chefe do Executivo foi a de que o Carnaval de BH irá ocorrer neste ano.
Força-tarefa
Para enfrentar os transtornos provocados pelos temporais, a PBH desenvolveu um plano de emergência. A força-tarefa é composta por vários órgãos, como Defesa Civil, Urbel, Secretaria de Obras, Sudecap, SLU, BHTrans, Guarda Municipal, Fundação de Parques e Defesa Social. A prefeitura descartou a possibilidade de decretar ponto facultativo. "Pelo contrário, o servidor tem que trabalhar ainda mais", declarou Kalil.
Emergência
Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve visitar BH e se encontrar com Kalil e o governador Romeu Zema (Novo). Durante a reunião, os parlamentares também devem discutir se o estado de emergência decretado especificamente para a avenida Teresa Cristina será ampliado para o restante da cidade.
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