
Usuários do transporte coletivo criticaram o serviço prestado pelas empresas responsáveis pelos coletivos em Belo Horizonte, avaliando que o aumento reivindicado pelo Sindicato das Empresas de Transporte e Passageiros (Setra-BH) e acolhido pela Justiça não reflete no que é oferecido.
"Geralmente, a espera pelo coletivo é de 15 minutos, mas nos últimos tempos, a média passa dos 30, 40 minutos", lamenta o cabeleireiro Geraldo Magela, de 65 anos, que diariamente utiliza a estação Vilarinho, na região Norte da capital. Nesta quarta, ele chegou uma hora mais cedo para garantir que "não teria erro". Mas na hora de entrar no ônibus, as reclamações ganham novas pautas.
"É raro fazer uma viagem sentado, parece que nem tem mais bancos dentro do ônibus. Também tenho muitas críticas ao ar condicionado, já que as janelas não abrem. Mesmo no verão, o aparelho fica desligado, e no meio da lotação, a gente fica em uma situação muito desconfortável", desabafa.
A diarista Helena Pereira, de 45 anos, trabalha em diversas regiões de BH, conforme a demanda do dia. Ela usa várias linhas de ônibus, e afirma que as condições são as mesmas onde quer que vá.
"Não sei por que os motoristas continuem deixando o passageiro entrar, chega um momento em que simplesmente não dá pra se mexer dentro do ônibus. Com isso, eu já chego cansada no trabalho, e com certeza todo o dia é prejudicado quando o trajeto em si já não é dos mais fáceis", conta.
A reportagem procurou o Setra, apresentou os questionamentos e aguarda um retorno.