Uma das tradições mais conhecidas da Semana Santa é o consumo do peixe nas refeições, especialmente na Sexta-Feira da Paixão. Profissionais que trabalham com pescados alertam para preocupações que o consumidor precisa ter na hora de fazer a compra e garantir que a refeição também seja saudável e financeiramente viável.

Marco Antônio Araújo, da Oceânica Pescados, na região Noroeste de Belo Horizonte, explica que a análise de qualidade do peixe varia conforme a espécie. E para que ninguém fique fora da tradição religiosa, ele mostra que há opções mais em conta no mercado.

"O Dourado, por exemplo, precisa ter olhos brilhantes, assim como as guelras. Quando vemos a barriga dele aberta, tem que observar bem se não há muito sangramento e se a carne está bem vermelha", ressalta.

Para ele, a cor e o brilho do animal são determinantes para uma boa escolha. Além do Dourado, a dica vale também para a Tilápia, a Sardinha, e o mais conhecido de todos: o Bacalhau.

Nesse último caso, os cuidados precisam ser maiores. O peixe deve ter aparência mais uniforme, sem fendas abertas na pele ou aspecto pegajoso. Como essa carne é seca, é preciso observar uma cor mais amarelada, também por influência do sal.

Variações de preço

Na Região Metropolitana da capital, as variações no preço dessa espécie podem chegar a 4%, conforme levantamento do site Mercado Mineiro. Por outro lado, tipos como o Bacalhau saithe apresentam 160% de variação, e outros peixes, como o surubim e camarão, superam os 100% nas comparações entre lojas na Grande BH.

*Com Lucas Prates