No primeiro dia de aumento nas viagens dos ônibus que operam no transporte coletivo de Belo Horizonte, a Prefeitura recebeu, até as 16h desta terça-feira (12), cerca de 350 reclamações de usuários no canal de atendimento do WhatsApp. A maior parte das mensagens se refere ao descumprimento do quadro de horários, comportamento de motoristas e estado dos veículos.
De acordo com a Lei 11.367, publicada no último sábado (2), que prevê o subsídio de R$ 237 milhões às empresas de ônibus de BH, a partir desta terça, o número de viagens realizadas na capital deve aumentar em 15% pelos próximos 15 dias, quando o aporte deve crescer para 30%. Porém, não foi isso que as pessoas que dependem do transporte público perceberam.
Logo pela manhã, passageiros tiveram que enfrentar filas e lidar com coletivos lotados. Moradora do Santa Amélia, na região da Pampulha, a atendente Márcia Almeida, de 27 anos, aguardava na fila para pegar a linha 50 do Move. Ela não percebeu as mudanças prometidas: "Está a mesma coisa. Ônibus bem cheios, lotados", afirmou.
Na avaliação dela, os anúncios de ampliação dos horários não traduzem uma melhoria efetiva. "É uma falta de respeito, porque a gente depende e paga pelo transporte público. E acaba não sendo muito útil pra gente, que temos que adequar aos horários deles. A gente gasta mais tempo indo trabalhar, às vezes do que o tempo de trabalho", disse a atendente.
Segundo a PBH, apesar das reclamações, o Executivo constatou aumento no número de viagens em todas as linhas, "já a partir da madrugada". Mesmo assim, as empresas de ônibus que não cumprirem qualquer uma das regras determinadas no acordo feito com a Prefeitura terão o pagamento do subsídio suspenso.
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