(Reprodução / Câmara dos Deputados)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicione em relação à notícia-crime contra o deputado federal mineiro, Nikolas Ferreira (PL), acusado de praticar “transfobia” durante discurso na Câmara.
No Dia das Mulheres, em 8 de março, o parlamentar mineiro foi à tribuna, colocou uma peruca e pediu para ser chamado de Nicole, ironizando homossexuais. Nikolas afirmou que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”.
O Psol apresentou a notícia-crime e pediu investigação ao STF. O pedido de posicionamento foi encaminhado à PGR pelo ministro do STF na noite de terça-feira (11) e divulgado pelo jornalista Lauro Jardim, de O Globo.
André Mendonça entende que cabe a Augusto Aras e sua equipe analisarem se há indício de algum delito nas ações do deputado. A partir desse posicionamento, o Supremo decidirá se dará ou não andamento às investigações.
Nikolas Ferreira é um dos principais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no parlamento e nas redes sociais. Ele é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), mas ainda assim foi alvo de críticas.
“O plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos”, disse Lira, que continuou, afirmando que não admitirá “o desrespeito contra ninguém”.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de Nikolas Ferreira, mas o deputado ainda não se posicionou sobre o andamento do processo.
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