(Reprodução / Google Maps)
O vice-prefeito de Mateus Leme, na Grande BH, Anderson Western de Souza (Republicanos), de 54 anos, foi acusado de importunação sexual por uma funcionária da sede do Executivo, nessa quinta-feira (21). O político, a vítima e testemunhas foram para a delegacia prestar esclarecimentos.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher, de 44 anos, trabalha como auxiliar de serviços gerais na prefeitura do município. Ela relatou que varria a cozinha durante a manhã, quando o vice-prefeito chegou e deu dois "tapas na bunda" dela.
A trabalhadora diz ter se dirigido na mesma hora até um quartel. No depoimento, ela afirma também que o vice-prefeito tem histórico de brincadeiras do tipo com todas as funcionárias do setor, e que sempre reclamou com ele.
Já Anderson, que se declarou homossexual, contou aos policiais que realmente, ao chegar na prefeitura, deu um tapa na bunda da mulher, mas em forma de "cumprimento e brincadeira”. Ele disse que nunca recebeu uma reclamação e confessou brincar assim com diversas pessoas no local. O vice-prefeito relatou que, logo depois, foi para a sala onde trabalha, quando chegaram outras funcionárias contando que a auxiliar de serviços gerais tinha ido até o quartel.
Duas outras funcionárias também compareceram na delegacia, como testemunhas. Elas relataram que Anderson tem histórico de cumprimentar com beijos no rosto, tapas e outros toques, mas negaram que seja com teor sexual.
As duas garantem que os gestos têm forma de brincadeira e que nunca tinham presenciado alguém reclamar. Elas viram o acontecido dessa quinta-feira e afirmaram não ter percebido “maldade”.
Inicialmente, a Polícia Civil disse, em nota, que o vice-prefeito foi preso em flagrante e encaminhado à prisão. Porém a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública afirmou que Anderson Western não deu entrada no sistema prisional.
A prefeitura de Mateus Leme garante que ele não foi preso e, inclusive, trabalha normalmente nesta sexta-feira (22), assim como a auxiliar de serviços gerais. O Executivo diz também que “caberá ao judiciário a palavra final” e que espera a verdade ser esclarecida.
A Polícia Civil ressaltou que, até o momento, não tem registro de pedido de medida protetiva por parte da vítima.
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