Eleições 2022

Sérgio Moro confirma candidatura ao Senado, pelo Paraná, e enfrentará 'padrinho político'

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
12/07/2022 às 18:29.
Atualizado em 12/07/2022 às 18:35

Após várias mudanças de rumo, o ex-juiz Sérgio Moro definiu seu futuro nas eleições de 2022. Ele irá disputar uma vaga ao senado pelo Paraná, concorrendo pelo partido União Brasil. Moro vai ter que enfrentar seu padrinho político, o senador Álvaro Dias (Podemos), que tenta a reeleição ao cargo.

O ex-juiz ganhou notoriedade na política nacional ao julgar os casos de corrupção na Petrobras e condenar à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em abril de 2018, cinco meses antes da eleição presidencial para qual Lula já havia se colocado como pré-candidato.

O petista então foi substituído na corrida eleitoral por Fernando Haddad (PT), que terminou o pleito derrotado por Jair Bolsonaro (PL).

Após eleito, Bolsonaro chamou Sérgio Moro para ser seu ministro da Justiça. Ele renunciou ao cargo de juiz e assumiu a posição de ministro, o que resultou em várias críticas e acusações de petistas, dizendo que Moro ajudou Bolsonaro e acabou sendo beneficiado com um cargo no governo.

Contudo, em abril de 2020, Sérgio Moro renunciou ao cargo de ministro da Justiça por desavenças com Bolsonaro e virou um dos nomes cotados para a disputa presidencial. Em novembro do ano passado, o ex-juiz anunciou sua filiação ao partido Podemos e deu início às articulações para a candidatura a presidente.

Em março deste ano, em uma nova reviravolta em sua trajetória política, Moro mudou de partido, deixou o Podemos e se juntou ao União Brasil, de Luciano Bivar, adversário de Bolsonaro.

Seu objetivo, à época, era se candidatar ao cargo de deputado federal por São Paulo. Porém, a Justiça entendeu que o ex-juiz não tinha domicílio eleitoral em SP e não poderia se lançar candidato por esse estado.

Sérgio Moro então voltou sua atenção para o Paraná e anunciou nesta terça (12) a decisão de disputar o Senado. "Tempos difíceis requererão lideranças fortes. O Senado não pode ficar na mão de desconhecidos ou de omissos", afirmou o ex-juiz em suas redes sociais.

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