Suspeita de 'rachadinha'

Vereador Léo Burguês é indiciado e tem assessores exonerados; nas redes, ele posta sobre Carnaval

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
28/01/2023 às 14:25.
Atualizado em 28/01/2023 às 14:36
A investigação apontou ainda, entre outros crimes contra a Administração Pública, a existência de “funcionários fantasmas”, sendo aqueles que recebem salário sem exercerem a função (Reprodução Redes Sociais)

A investigação apontou ainda, entre outros crimes contra a Administração Pública, a existência de “funcionários fantasmas”, sendo aqueles que recebem salário sem exercerem a função (Reprodução Redes Sociais)

Após conclusão de inquérito, o vereador de Belo Horizonte, Léo Burguês (União Brasil), foi indiciado pela Polícia Civil por suspeita de “rachadinha” - que se refere à prática de devolução de parte dos salários recebidos pelos servidores ao legislador. A investigação apontou ainda, entre outros crimes contra a Administração Pública, a existência de “funcionários fantasmas”, sendo aqueles que recebem salário sem exercerem a função.

Na manhã deste sábado (28), dois assessores do vereador foram exonerados. Frequente nas redes sociais, Léo Burguês não comentou o assunto. No Instagram, postou um storie desejando bom dia e falou, entusiasmado, sobre o pré-carnaval em BH. Veja:

Indiciamento

Léo Burguês, que foi líder de governo na gestão de Alexandre Kalil (PSD), foi indiciado pelos crimes de peculato, corrupção passiva e corrupção ativa, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

Sete pessoas foram indiciadas ao todo. Além do vereador, há três servidores da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), um servidor da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), um empresário e um ex-assessor. 

As investigações foram conduzidas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gcoc), que atua junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Em nota publicada pelo G1, na sexta-feira (27), o vereador afirmou que recebeu a notícia “com grande indignação e perplexidade, já que, na realidade, as investigações apuraram justamente o contrário”.

Veja a nota na íntegra:

"É com grande indignação e perplexidade que recebemos essa notícia, já que, na realidade, as investigações apuraram justamente o contrário. Tais práticas nunca ocorreram, e ao longo de uma devassa de quase quatro anos em meu gabinete, na minha vida pessoal e profissional, com total colaboração da minha parte, TODOS os depoimentos negaram devolução de dinheiro e mostraram materialmente e textualmente que todos os assessores prestam serviços de acordo com suas funções no mandato.

Destaco ainda que todas minhas contas foram aprovadas pela justiça e meu patrimônio é público e compatível com meus ganhos. A única irregularidade existente é o vazamento de informações de um procedimento ainda embrionário que corre em segredo de justiça para a imprensa, o que inevitavelmente atinge minha honra, minha vida pessoal e meu mandato. Lamentável!".

Assessores exonerados:

Dois assessores do vereador Léo Burguês foram exonerados neste sábado (28). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM). Os servidores foram indiciados por peculato e organização criminosa. 

Segundo a investigação, um deles, "efetuou pagamentos de multas de LEO BURGUÊS junto ao TRE-MG, com fortes indícios de desvio de dinheiro público em proveito do vereador investigado".

Já o outro "desviou dinheiro público para pagamentos de várias despesas do vereador investigado, possuindo um valor fixo de pagamentos dessas dívidas, em torno de R$ 3.700".

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