Piora em indicadores da Covid-19 deixa BH à beira do colapso; Kalil deve anunciar novas medidas hoje

Rosiane Cunha, Anderson Rocha e Luiz Augusto Barros
horizontes@hojeemdia.com.br
11/03/2021 às 20:29.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:23
 (Tatiana Fortes/Ascom Gov. Ceará)

(Tatiana Fortes/Ascom Gov. Ceará)

Recordes diários nas mortes por Covid-19 no Brasil, regiões inteiras de Minas sem vagas para pacientes graves que precisam de internação e alerta máximo em Belo Horizonte. O pior momento da pandemia, desde março do ano passado, parece ter chegado. As atenções se voltam agora para a taxa de transmissão da doença, que só em BH é a maior desde maio desde 2020, atestando que o atual patamar de casos vai aumentar.

Além do Rt que chegou a 1,22 – ou seja, cada grupo de 100 contaminados transmitem o vírus para a outras 122 pessoas –, a capital está com as internações nas UTIs em 89,4%. Nos leitos de enfermaria, o índice também cresceu muito, chegando a 75,6%. A média vale tanto para a rede pública quanto particular.

A situação está tão delicada em Belo Horizonte que o prefeito Alexandre Kalil dará um pronunciamento hoje à tarde para falar sobre novas medidas de controle na capital. A PBH não antecipa detalhes, mas nos bastidores são dadas como certas ações ainda mais rígidas para barrar a contaminação. Há uma semana, a metrópole voltou a proibir as atividades não essenciais. 

Membro do Comitê de Enfrentamento à doença na metrópole, o infectologista Unaí Tupinambás falou sobre o momento crítico. “Estamos passando por um dos momentos mais dramáticos da pandemia na cidade e no Brasil. Podemos enfrentar uma nova crise, que é a crise funerária”, afirmou, em vídeo divulgado nas redes sociais.

Conforme o médico, a população, mais do que nunca, precisa entender a gravidade da situação e seguir as regras de prevenção à doença. Dentre elas, o uso de máscara, o respeito ao distanciamento social e a permanência em casa, a quem puder. Sobre a vacinação, Unaí afirmou que, até o fim deste semestre, “muito provavelmente, toda a população acima de 60 anos deverá estar vacinada”.

Minas
Nessa quinta-feira (11), em meio ao pior momento da pandemia em Minas, o caso de 'fura-filas' da vacinação de servidores derrubou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. A decisão foi tomada pelo governador Romeu Zema. No mesmo dia, Minas viu duas macrorregiões – Leste do Sul e Noroeste – atingirem 100% da ocupação dos leitos de terapia intensiva, destinados a pacientes Covid-19. 

A inexistência de vagas para tratar os infectados veio à tona no mesmo dia que o território mineiro voltou a bater recorde de mortes provocadas pela doença. Em apenas um dia, 263 óbitos foram confirmados, praticamente 11 vidas perdidas por hora. No total, desde março, 20.087 pessoas não resistiram ao vírus.

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