Foliões se aglomeram sem máscara nas ruas de BH (Foto: Maurício Vieira/ Hoje em Dia)
O Carnaval de Belo Horizonte terminou sem punições relativas à medidas sanitárias contra a Covid-19 tanto em festas particulares como em aglomerações nas ruas. Os quatro dias de festa foram alvo de vistorias da Prefeitura, que constataram foliões sem máscara e falta de disponibilização de álcool em gel, mas as punições não passaram de advertências.
De acordo com balanço divulgado pela PBH nesta quarta-feira (2), foram realizadas 24 vistorias entre sábado (26) e segunda (28) em eventos privados da capital. Embora essas festas tenham sido autorizadas sob o pretexto de seguirem o protocolo sanitário, nenhuma multa ou apreensão foi aplicada, mesmo após a verificação de falta do uso de máscaras e de disponibilização de álcool em gel.
Já nas ruas da capital, mesmo sem o patrocínio do município para festas abertas, houve aglomerações ao longo de todo o período da folia. Três estabelecimentos foram interditados por poluição sonora e falta de licenciamento, todos na região da Pampulha.
O levantamento da PBH mostra que foram realizadas cerca de mil vistorias de diversas naturezas como Vigilância Sanitária, trânsito, Controle Urbanístico e Ambiental durante o Carnaval. A rua Sapucaí e os bairros Colégio Batista, Concórdia, Lagoinha e Santa Tereza foram alvos de atenção especial. O Hoje em Dia registrou aglomerações nesses locais.
Antes e durante o Carnaval, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) orientou a população a não participar de aglomerações, mas afirmou que não tinha autoridade para proibir foliões de irem às ruas.
Trânsito
Durante todos os dias de festa, foram registradas centenas de irregularidades de trânsito em BH. Veja os números divulgados pela Prefeitura:
- 82 acidentes de trânsito (sem vítimas fatais)
- 12 estacionamentos de veículos sobre o passeio
- 167 estacionamentos de veículos sem rotativo
- 97 estacionamentos em vagas de carga e descarga
- 64 casos de motoristas dirigindo ao celular
Limpeza
Os garis da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) recolheram mais de 100 toneladas de resíduos gerados durante o Carnaval. Deste total, sete toneladas de vidro foram doadas para catadores de materiais recicláveis.
Conforme a Prefeitura, 464 garis, além de motoristas e veículos trabalharam na capital durante o período de folia. Foram gastos 180 mil litros de água em ações de limpeza pela cidade.
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