Após desaparecer por suposta dívida, jornalista Bruno Azevedo é investigado por estelionato

Bruno Inácio e José Vitor Camilo
25/11/2019 às 19:58.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:48
 (Reprodução/Youtube)

(Reprodução/Youtube)

O jornalista Bruno Azevedo, âncora da rádio Itatiaia que desapareceu em outubro e foi encontrado pela família no início de novembro, está sendo investigado por suspeita de estelionato. O crime se caracteriza por enganar outras pessoas para conseguir vantagens, geralmente financeiras. Segundo a Polícia Civil, um inquérito no qual Azevedo é suspeito da prática foi aberto e está em andamento.

A corporação, no entanto, não divulgou detalhes sobre o inquérito e se ele foi motivado por denúncia ou durante investigação que apurava o desaparecimento do jornalista. A Delegacia Especializada de Localização de Pessoa Desaparecida arquivou no dia 5 de novembro o procedimento sobre o sumiço do comunicador, já que a família sabia onde ele estava e, teoricamente, ele não ter cometido nenhum crime ao "sumir".

Procurada pela reportagem do Hoje em Dia, a rádio Itatiaia continua mantendo a posição de que não se manifestará sobre o caso, por considerá-lo de cunho particular. Na carta que deixou à família quando desapareceu, o âncora alegou que estava com uma dívida milionária.Reprodução/YoutubeEx-setorista do América, Azevedo era recentemente o âncora das jornadas esportivas da rádio Itatiaia 

Bruno Azevedo tem 37 anos e estava na Itatiaia desde o início dos anos 2000. Ele trabalhou como setorista do América desde a época que o clube esteve no Módulo II do Mineiro, até campanhas memoráveis de acesso à Série A. Mais recentemente, passou a ser o âncora das jornadas esportivas da Itatiaia, que passaram a ter um apresentador que divide o comando com os narradores.

Sumiço

O pai do jornalista foi quem comunicou à polícia que ele havia desaparecido, no dia 31 de outubro. Aos investigadores, ele contou que o filho havia deixado uma carta em casa, alegando dívidas financeiras que estavam insustentáveis, e se despedindo dos familiares, informando que não teria como ser encontrado.

Durante cinco dias, familiares, amigos e colegas da imprensa tentaram contatos com Azevedo, sem sucesso. Na rádio, outros repórteres fizeram correntes nas redes sociais, tentando encorajar o colega a voltar. Na noite do dia 5 de novembro, os familiares dele entraram em contato com os investigadores, retirando a queixa de desaparecimento e informando que sabiam onde ele estava, e que ele estava vivo.

Mesmo assim, desde então, o caso tem sido tratado com sigilo pela polícia e conhecidos do comunicador, que não dão detalhes de onde e como ele está.

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