
A Polícia Civil (PC) detalhou nesta quinta-feira (7) os atos de brutalidade e covardia cometidos pela brasileira de 40 anos, presa em Coimbra, em Portugal, suspeita de matar os cinco filhos envenenados. De acordo com a PC, a mulher teria utilizado o mesmo "modo de agir" para cometer os assassinatos. Os crimes em Timóteo, no Vale do Rio Doce, teriam ocorrido de 2010 a 2023.
As investigações levaram em conta depoimentos de familiares e prontuários médicos. A tia da última criança morta denunciou o caso à polícia.
De acordo com a delegada Valdimara Teixeira, a mulher é investigada pela morte de cinco dos sete filhos biológicos, todos com idades entre 10 meses e 3 anos. Em todos os crimes, a suspeita teria usado sedativos para tirar a consciência dos meninos e os asfixiar.
“A segunda necrópsia, do ano de 2010, que é uma criança de 10 meses, aponta positivo para o fenobarbital. Temos esse medicamento comprovado, os demais estamos tentando provar. Mas ela sedava essas crianças e as asfixiava. Uma delas foi encontrada com uma fralda na boca e a última estava com o rosto virado para o sofá, indicando que ela teria sido assassinada”, disse.
A mulher foi presa na última quarta-feira (6) em Portugal. Conforme a polícia, a suspeita fugiu para a Europa em 2023, pouco depois de cometer o último crime. Ela morava em Coimbra com o companheiro desde maio deste ano e tentou resistir à prisão, que foi efetuada por inspetores da Polícia Judiciária.
Uso de inseticida para cometer crimes
A delegada ainda relata que testemunhas apontaram que a mulher também utilizou Neocid - inseticida. Não foram detalhados quais teriam sido cometidos com o componente químico.
A investigação começou em 2023, quando a polícia recebeu a informação de que o quinto filho da mulher teria morrido de forma semelhante a dos irmãos. Conforme a delegada, dois filhos morreram em 2010 e outros dois em 2019.
A PC tentou buscar dados sobre os crimes de 2010, mas não conseguiu detalhes. Já em 2019, as mortes não foram registradas em Boletins de Ocorrência e, por isso, a polícia não tinha conhecimento dos casos.
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