Forças de Segurança

Deputados militares citam nazismo e intransigência ao criticarem proposta de reajuste de Zema

Bernardo Estillac
bernardo.leal@hojeeemdia.com.br
11/03/2022 às 16:51.
Atualizado em 11/03/2022 às 17:11

A reprovação da proposta de reajuste salarial de Romeu Zema (Novo) por parte das forças de segurança teve eco na declaração de deputados ligados aos servidores. Nesta sexta-feira (11), o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB) e o deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT) usaram as redes sociais para direcionar duras críticas ao Governo de Minas.

Em live no Instagram, Sargento Rodrigues citou trechos da entrevista concedida pelo governador na manhã desta sexta e associou a conduta de Zema a técnicas de comunicação empregadas na Alemanha nazista.

"Coincidentemrente, hoje faz exatamente dois anos que ele (Zema) anunciou o veto àquelas duas parcelas (de 12% de reajuste). De lá pra cá, é uma desculpa atrás da outra. A todo momento, repetir a mentira até que vire verdade. Teoria nazista. Eu que sou bacharel em comunicação também estudei isso. O chamado ministro propagandista de Hitler, Joseph Goebbels, inventou essa teoria", afirmou.

Nesta sexta, Zema anunciou proposta de reajuste de 10,06% retroativo a janeiro deste ano e o pagamento de quatro parcelas de auxílio fardamento.

Na live, o deputado disse que o governador tem uma 'rejeição enorme' dentro das forças de segurança, que nutrem 'desprezo e vergonha' pelo governador.

Em tom de ameaça, Rodrigues disse que Zema enfrentará a reação das forças de segurança até o fim do mandato e se dispôs a acampar na Cidade Administrativa para reivindicar a recomposição salarial da segurança.

"A única coisa que eu não faço e não me chamem para fazer, é passeata no centro da cidade. No centro de Belo Horizonte, não conte com este deputado. Se for na Cidade Administrativa, todos podem contar comigo, inclusive para acampar", disse.

Já o deputado federal Subtenente Gonzaga foi mais breve na declaração de repúdio à proposta do governo estadual.

"Precisamos deixar muito claro que não houve, em nenhum momento, nenhum processo de negociação", disse.

O parlamentar ainda reiterou as reivindicações da categoria e disse que não há a possibilidade de alterar os pedidos.

"(Manifesto) nossa intransigência em não negociar absolutamente nada, a não ser aquilo que já está pautado e de conhecimento de todos, que são as duas parcelas de 12%, e a não adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscalm, além de não à quebra de paridade", conclui.

O governo do Estado foi procurado para se posicionar diante das falas dos deputados, mas não respondeu até a última atualização desta matéria.

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