
A greve dos metroviários chega ao 30º dia nesta terça-feira (19) em Belo Horizonte. Desde 21 de março, o serviço está fora de operação em horários de pico na capital mineira. Até o momento, o sindicato que representa a categoria já acumula R$ 900 mil em multa por descumprimento de uma decisão judicial. Ainda assim, o movimento não tem previsão de término.
Em BH, mais de 100 mil pessoas utilizam o transporte em dias úteis. Parte delas, em períodos de maior movimento. Diante disso, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) acredita que cerca de 70 mil usuários são prejudicados por dia pela paralisação.
E ainda que uma liminar obrigue a circulação dos trens das 5h30 às 10h e das 16h30 às 20h, o serviço funciona apenas das 10h às 17h, o que prevê a multa diária de R$ 30 mil, a ser paga no fim do processo judicial.
A paralisação tem efeitos, ainda, em estações de ônibus da capital mineira, que, desde o mês passado, estão ainda mais lotadas.
O Sindicato dos Metroviários (Sindimetro-MG) pretende manter a greve até que o governo federal esteja disposto a apresentar uma alternativa aos empregados em caso de privatização da CBTU, já que mais de 1.500 trabalhadores podem ser afetados.
A paralisação já é uma das mais longas dos últimos anos. Em 2012, a categoria paralisou as atividades por quase 40 dias.
O Hoje em Dia entrou em contato com o governo federal e aguarda um retorno.