Embora o número de casos de gripe tenha aumentado e estados vizinhos como Rio de Janeiro e São Paulo estejam em alerta, o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, afirma que ainda não há surto da doença em Minas.
Nesta quinta-feira (23), durante evento de apresentação de nova técnica de transfusão de sangue da Fundação Hemominas, Baccheretti afirmou que as testagens motivadas pela pandemia do coronavírus impactam o número de casos registrados da variante H3N2 do vírus da gripe.
“Obviamente que com a Covid a gente faz muita investigação que não era feita antigamente. Então, quando hoje chega uma amostra para a Funed de suspeita de covid e a gente faz essa análise, a gente acaba diagnosticando o H3N2. Como antigamente não era uma rotina a Covid a gente não tinha esse diagnóstico tão grande de uma nova influenza”, explica.
O secretário afirmou ainda que Minas se destacou nacionalmente no cenário de vacinação contra a gripe e isso influencia na classificação de ausência de surto no Estado. Além disso, a evolução para quadros graves da doença não está diferente do histórico, segundo Baccheretti, que pede tranquilidade ao analisar o momento.
O secretário municipal de saúde de BH, Jackson Machado, afirmou durante a semana que a capital não vive surto de gripe, mas a situação de que “certamente vai acontecer”.
H3N2 em Minas
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), até esta quinta-feira (23), foram detectadas 147 amostras clínicas com o vírus influenza A/H3N2 em Minas Gerais. Nenhum óbito foi associado aos casos.
Os cuidados preventivos com a H3N2 têm semelhanças com os protocolos difundidos para evitar a disseminação da Covid-19: o uso de máscaras; higienização das mãos; cobrir boca e nariz ao tossir e espirrar e não compartilhar objetos de uso pessoal também são indicados para evitar o contágio pela gripe.
Em Belo Horizonte, a prefeitura orienta a população a procurar os Centros de Saúde no caso de sintomas leves de doenças respiratórias para não sobrecarregar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que vêm registrando problemas de atendimento na capital.