Belo Horizonte e Nova Lima, na região metropolitana; Ubá e Viçosa, na Zona da Mata; São Lourenço, no Sul de Minas; São João del-Rei, no Campo das Vertentes. A síndrome nefroneural, supostamente provocada por ingestão de cerveja contaminada, foi notificada em seis cidades de quatro regiões do Estado.
O mais recente boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) segue com 17 casos suspeitos, sendo 16 homens e uma mulher. Doze são de moradores de Belo Horizonte.
Um homem de 55 anos morreu em um hospital de Juiz de Fora, na Zona da Mata.
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Exames de sangue de quatro pacientes confirmaram a doença. Porém, ainda não é possível cravar uma relação com o consumo da cerveja. O caso é investigado pela Polícia Civil que, desde a manhã desta terça-feira (14), faz vistorias na fábrica da cerveja, no bairro Olhos D’água, região Oeste da capital, juntamente com equipes do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os trabalhos se concentraram nas análises químicas e de engenharia do processo de produção.
Também nesta terça, a Backer admitiu que o consumo da cerveja sob investigação pode trazer riscos às pessoas e recomendou: “não beba Belorizontina”. Além do rótulo, a diretora de marketing da empresa, Paula Lebbos, informou que a Capixaba, comercializada somente no Espírito Santo, pode estar contaminada pela substância tóxica dietilenoglicol (DEG).
O Ministério da Agricultura já havia determinado na segunda-feira (13), que a Backer recolhesse do mercado todas as cervejas e chopes produzidos entre outubro de 2019 e janeiro deste ano, proibindo a comercialização da marca.
Morte em Pompéu
Uma idosa de 60 anos, moradora de Pompéu, no Centro-Oeste, que morreu no último dia 28, não consta na lista divulgada pela SES-MG. Mas, a prefeitura da cidade afirmou, nesta terça-feira (14), que investiga o óbito que pode ter sido provocado pela síndrome nefroneural. A mulher esteve na capital e consumiu a Belorizontina.
Alerta para hospitais
A SES-MG informa que devem ser imediatamente notificados – em até 24 horas – ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (CIEVS), casos ocorridos a partir de dezembro de 2019 que iniciaram com sintomas gastrointestinais (náusea e/ou vômito e/ ou dor abdominal) associados à insuficiência renal aguda grave de evolução rápida (até 72 horas), seguida de uma ou mais alterações neurológicas: paralisia facial, borramento visual, amaurose, alteração de sensório e paralisia descendente.