Após tremor de terra, agência diz que não houve danos em barragens de Congonhas e Ouro Preto

Rosiane Cunha
26/11/2019 às 20:10.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:49
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Técnicos da Agência Nacional de Mineração (ANM) vistoriaram nesta terça-feira (26) sete barragens localizadas em Congonhas e Ouro Preto, na região Central de Minas, https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/tremor-de-terra-em-congonhas-deixa-vizinhos-de-barragem-em-alerta-1.758802 que atingiu as localidades na noite dessa segunda-feira (25). Nenhum dano foi constatado nas barragens que pertencem às empresas CSN e Vale, mas a ANM recomendou o monitoramento constante das estruturas e o repasse de relatórios para a agência. Outras duas barragens da CSN ainda serão vistoriadas.

Moradores de alguns bairros de Congonhas e região sentiram o tremor. De acordo com o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB), o epicentro do tremor aconteceu no território de Belo Vale, também na Região Central, às 20h27, e teve magnitude de 3.2.

Logo pela manhã, https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/ap%C3%B3s-tremor-de-terra-ag%C3%AAncia-nacional-de-minera%C3%A7%C3%A3o-fiscaliza-barragens-em-congonhas-1.758878 nas barragens Casa de Pedra e B4, da empresa CSN Mineração, e analisaram todos os instrumentos medidores, como piezômetros, indicadores de níveis de água, drenos de fundo, cristas e ombreiras e, conforme os especialistas, “não foi detectada nenhuma anomalia que chame a atenção para acionar qualquer tipo de emergência”.

A barragem Casa de Pedra é uma das maiores em área urbana do país. Em janeiro deste ano, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que a estrutura possui um maciço com aproximadamente 76 metros de altura, com capacidade de acumular cerca de 50 milhões de m³ de rejeito.

Pela tarde, a vistoria foi nas barragens da Vale, em Ouro Preto: Forquilhas I, II, III e IV, e a barragem Grupo. Por já estarem em níveis 1, 2 e 3 de emergência, os técnicos da ANM não puderam entrar nas estruturas, mas analisaram os fatores de segurança por imagens feitas por drone e visitaram o centro de monitoramento geotécnico da empresa. Alguns piezômetros e a microssísmica receberam resposta ao sismo durante a noite dessa segunda-feira (25), mas já apresentam leitura de normalidade. 

"A exemplo das outras estruturas, as barragens Vigia e Auxiliar do Vigia também serão vistoriadas e nós já exigimos da CSN os relatórios para averiguar as condições dessas estruturas até o momento. A ANM determinou também que as duas empresas intensifiquem a inspeção e o monitoramento diário de todas as barragens envolvidas”, explicou chefe de segurança de barragens da ANM em Minas Gerais, Wagner Nascimento.

A CSN afirmou que o tremor não provocou danos à estrutura da Casa de Pedra e demais estruturas da empresa. Disse ainda que os técnicos seguem monitorando a situação no local. “A CSN Mineração informa que o tremor sentido em Congonhas na noite de hoje [segunda 25/11] não causou nenhuma anomalia na estrutura da barragem Casa de Pedra. Também não houve nenhum dano nas demais estruturas da unidade. Nossas equipes seguem monitorando a situação, além de estar em contato com as autoridades competentes para saber o que ocasionou o tremor”, diz a nota.

A Vale informou que não foi observada, até o momento, nenhuma anomalia nas estruturas geotécnicas que são monitoradas pelo Centro de Monitoramento Geotécnico.


 

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