(Maurício Vieira)
Os resultados das análises realizadas em amostras das cervejas recolhidas na fábrica da Backer serão divulgados nesta segunda-feira (13) pela Polícia Civil. Além disso, o delegado Wagner Pinto também irá dar detalhes sobre as investigações envolvendo a cervejaria, que segue interditada.
A partir desta segunda, começa a devolução de garrafas de Belorizontina nos estabelecimentos para ressarcimento dos consumidores, medida adotada pela Backer após a repercussão dos casos de internações em Minas. Até o momento, pelo menos 10 pessoas já foram internadas no Estado com problemas renais e neurológicos desencadeados pela chamada síndrome nefroneural. Um deles, morador de Ubá, na Zona da Mata, morreu em Juiz de Fora, onde estava internado.
Uma das suspeitas é que a doença esteja relacionada a uma contaminação da cerveja e a hipótese de sabotagem não está descartada. É que algumas amostras de Belorizontina colhidas dos lotes "L1 1348" e "L2 1348" apontaram a presença de dietilenoglicol (DEG), que pode provocar intoxicação. Segundo a Backer, a substância "não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos, inclusive da Belorizontina".
A investigação epidemiológica que é conduzida pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde, foi ampliada para novembro, o que significa ir além das ocorrências recentes de pacientes internados com sintomas do problema. A ampliação é uma medida de precaução. O objetivo é descobrir se houve, em meses anteriores, casos semelhantes, e se as supostas vítimas teriam consumido a cerveja da Backer.
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