
O aumento dos casos da Covid-19 fez Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, recuar na flexibilização do uso da máscara de proteção contra o vírus em escolas. O equipamento volta ser exigido a partir desta segunda-feira (30).
De acordo com a prefeitura, a decisão foi tomada diante da baixa cobertura vacinal de crianças entre 5 e 11 anos contra a Covid. Até o momento, o índice de proteção com duas doses é de 54%.
Além dos estudantes, professores e profissionais das instituições de ensino das redes pública e privada também devem voltar a utilizar a máscara. A regra vale para todas as modalidades, seja infantil, fundamental, médio, técnico ou superior.
A decisão também busca reduzir os registros de síndromes respiratórias sazonais e a proliferação de outros vírus que causam a gripe. Ainda segundo o município, os casos de sintomas gripais também estão em avanço, impulsionados pelo clima frio e seco. Além disso, a imunização contra o influenza tem alcance ainda mais retraído, com 25,4% do público infantil protegido.
“Sabemos que os mais jovens, sobretudo as crianças, têm questões anatômicas que os tornam mais vulneráveis às doenças respiratórias, incluindo a Covid-19. Com isso, existe um risco maior de complicações em decorrência dessas enfermidades na forma aguda”, explicou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Hilton Soares, justificando a decisão da retomada do acessório.
O decreto que estabelece a norma foi publicado no Órgão Oficial do Município na última quinta-feira (26). Na ocasião, a obrigatoriedade também voltou a valer nas dependências de farmácias e drogarias.
Grande BH
Em Nova Lima, o uso em escolas voltou a ser obrigatório na semana passada. Por lá, a decisão foi tomada como medida preventiva.
Segundo decreto, além das instituições de ensino, o uso da proteção facial agora também é obrigatório em estabelecimentos e unidades de saúde e no interior dos veículos de transporte escolar. A decisão ocorreu pouco menos de um mês após a flexibilização.
Já em Belo Horizonte, a prefeitura descarta o retorno. Na última sexta-feira (27), inclusive, a administração recomendou que a Escola Municipal Professora Eleonora Pieruccetti, no bairro Cachoeirinha, região Noroeste, recuasse na orientação de recomendar a utilização do acessório nas dependências da instituição.